Mulher que matou bebê após dar à luz em Maracaí deve permanecer presa até julgamento
O bebê, uma menina, foi asfixiada e jogada na lixeira do PS

A jovem de 18 anos que foi presa depois de parir, matar e abandonar o corpo de uma recém-nascida na lixeira da Santa Casa de Maracaí (SP), na noite da última quarta-feira, 20 de março, teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva durante a audiência de custódia, segundo o delegado titular de Polícia Civil de Maracaí, Gustavo Barbosa Siqueira.
Segundo ele, a mulher foi indiciada inicialmente por infanticídio, que é o crime de morte cometido pela mãe contra o próprio filho, logo após o parto, com pena prevista de dois a seis anos de detenção. Explica, porém, que a investigação ainda aguarda resultado de laudos médicos e depoimentos de parentes para ter o indiciamento final.
“Temos de saber se suspeita desconhecia estar grávida ou se foi auxiliada de alguma forma para seu ato. Além disso, exames vão nos dizer se o bebê nasceu morto ou vivo, e se a mulher estava abalada psicologicamente pelo estado puerperal”, explica o delegado.
Dependendo dos depoimentos das testemunhas e principalmente dos exames, o indiciamento pode mudar para aborto, caso o bebê tenha nascido morto, ou até mesmo para homicídio qualificado, caso os laudos médicos não confirmem o abalo psíquico por conta do estado puerperal (período logo após o parto). Entretanto, a reportagem Abordagem Notícia apurou que a garota confessou que a filha chorou ao nascer, momento em que a teria sufocado.
Os exames e laudos médicos pedidos pela investigação devem demorar até 30 dias para ficarem prontos. A jovem de 18 anos foi encaminhada para o presídio de Pirajuí no dia seguinte ao crime.
O bebê nasceu no final da tarde e um segurança da unidade hospitalar sentiu forte cheiro, na madrugada, e encontrou o bebê - completamente formado, em uma lixeira. Havia papel higiênico enrolado em parte do corpo, e, na boca, aparece algo como gaze ou papel higiênico.
Abordagem Notícias
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