Criança volta da creche com lesões no rosto e entidade adota providências a respeito
A menina, de nove meses, estava em seu primeiro dia de adaptação.
(apenas parte dos arranhões no rosto, para que a identidade da criança seja preservada)
No primeiro dia em que foi deixada na Casa da Menina São Francisco de Assis, uma bebê de nove meses de vida voltou para casa com ferimentos no rosto. O que parecem ser arranhões, são bem nítidos.
A direção do creche só soube do ocorrido no momento em que a mãe da criança foi apanhá-la, duas horas depois de tê-la deixado. Ou seja, as duas professoras que cuidam das crianças no berçário em que ela estava não comunicaram as lesões causadas na pele do seu rosto.
Por conta da omissão, a direção da Casa da Menina, na pessoa de Ângela Canassa, resolveu afastar as duas auxiliares pelo prazo de um mês, até que seja descoberta a forma como a menina sofreu os ferimentos.
A menina teve o rosto machucado na segunda-feira, 18. As professoras foram afastadas na quarta, 20. Elas não teriam conseguido explicar o que houve, para a mãe da bebê, tampouco à diretora. Como não estavam na creche nesta sexta-feira, a reportagem não conseguiu falar com as funcionárias, caso quisessem se manifestar.
“Eu não sei o que aconteceu, mas como mãe e educadora, não compactuo com o ocorrido. A Casa da Menina tem 57 anos na área educacional e nunca ocorreu um fato desses, é uma instituição séria e muito comprometida”, lamenta a diretora.
Questionada sobre possível registro em filmagens pelas câmeras de segurança, Canassa alega que houve forte chuva e o monitor foi danificado, assim como outros equipamentos da creche. O material já teria sido encaminhado para um especialista, que poderá, ou não, recuperar as imagens do berçário.
Com as professoras afastadas - e isso consta em ata apresentada para a reportagem, o caso está nas mãos da advogada Edna Maria Carvalho, que é jurídica da Casa e já toma as providências.
A reportagem verificou que os cartões de ponto das professoras foram encaminhados ao escritório que faz a contabilidade da Casa da Menina, pois ambas deixarão de receber os salários no período de afastamento, até que tudo seja esclarecido.
BO
Na quinta-feira, 21, a mãe da bebê, V. A. da S., de 20 anos, procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência, sob a natureza lesão corporal. Para a mãe é difícil aceitar a explicação da diretora de que a filha se aranhou, e ainda, que as filmagens foram comprometidas.
Nem ela, nem a madrinha da bebê – que também quer a verdade dos fatos, acreditam nessas justificativas.
A mãe deixa claro no BO que deseja saber o que realmente ocorreu com a filha, que inclusive, passará por exame de corpo de delito no IML de Assis.
A pergunta que ninguém responde é a seguinte: Se a menina foi arranhada por outro bebê, por qual motivo as professoras não perceberam, ou relataram o fato à direção? E se relataram, por que a direção não justificou isso à mãe?
Redação Abordagem Notícias
Foto cedida pela família
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