Juiz mantém prisão de mãe que matou recém-nascida em Maracaí-SP
O juiz determinou a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.
O delegado de Polícia Civil de Maracaí, Gustavo Barbosa de Siqueira (foto) fala sobre o inquérito
Durante audiência de custódia no Fórum da Comarca de Macacaí, nesta tarde de quinta-feira, 21, o juiz decidiu manter a prisão da indiciada G. E. S., de 18 anos, moradora do distrito de São José das Laranjeiras, reiterando assim a decisão do delegado de polícia Giovanni Bertinatti, que atendeu a ocorrência de infanticídio praticado em Maracaí, na mesma data, na Central de Polícia Judiciária de Assis, durante seu plantão.
Complementando as informações já fornecidas pelo colega que determinou a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante pela prática do crime de infanticídio, o delegado de Polícia Civil de Maracaí, Gustavo Barbosa de Siqueira deu detalhes do caso à equipe Abordagem Notícias.
“Informo que nenhuma linha de investigação será descartada. A princípio, há necessidade de obtenção dos laudos para se apurar, por meio de perícia técnica, acerca da existência de vida extrauterina no feto, ou seja, se nasceu com vida e, efetivamente, se a causa de sua morte decorreu da ação da indiciada agindo sob o estado puerperal, ou se a autora do fato estava atuando em plenas condições de higidez em relação às suas faculdades mentais, sendo que, a depender dessas conclusões, a natureza jurídica da infração penal poderá ser alterada, embora, em qualquer caso, será a autora submetida a julgamento sob o procedimento do Tribunal de Júri, já que se trata de crime doloso contra a vida humana”, expõe.
O delegado prossegue dizendo que, após a apresentação da presa ao Fórum da Comarca de Maracaí, o juízo local determinou, fundamentadamente, a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, uma vez que estavam preenchidos os requisitos legais e não apenas para evitar novas infrações penais de sua parte, mas também para garantia de que o processo tenha eficácia e ela não tenha oportunidade de fugir do município, o que poderia comprometer a regularidade processual e aplicação de eventual condenação, bem como para a própria preservação de sua integridade física.
A jovem foi escoltada até a penitenciária de Pirajuí, segundo o delegado, bastante abalada com o ocorrido.
O crime
Um crime infanticídio, praticado na madrugada desta quinta-feira, 21, na pacata cidade de Maracaí-SP, deixou os moradores estarrecidos. Uma gestante de 18 anos, que procurou atendimento hospitalar se queixando cólicas, na verdade estava prestes a dar à luz um bebê aos sete meses de gestação.
Antes de ser consultada, no final da tarde, a adolescente foi ao banheiro do pronto socorro, pariu a criança – uma menina, e a matou.
O crime foi percebido.de madrugada, pelo segurança do PS, que acionou a polícia.
Abordada, a parturiente confessou o crime de infanticídio e afirmou que sua família não sabia sobre a gravidez. Ela teria dito à polícia que o pai da sua filha é um ex-namorado.
Redação Abordagem Notícias.
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