No Dia Internacional da Mulher gestante de Assis era esquartejada em 2008
O julgamento dos acusados está marcado para o dia 27 deste março de 2019.
Em 08 de março de 2008, justamente no dia em que se comemorava o Dia Internacional da Mulher, uma delas foi barbaramente assassinada em Assis. Talvez esse tenha sido o crime mais atroz praticado no município, chocando a todos e tendo grande repercussão nacional. Isso porque, além de estar indefesa - dormindo na sua cama de casal junto com dois filhos pequenos, Sílvia Cassiano, de 33 anos, estava grávida de cinco meses. Ela teria um menino, filho do primo de seu ex-marido.
Ao amanhecer do fatídico dia, quando o desaparecimento foi percebido, a família procurou exaustivamente por Sílvia, espalhando cartazes com a foto dela por municípios de toda a região, numa busca desesperada por respostas. Teria ela fugido apenas com a roupa que dormia, sem ter levado sequer os chinelos e cigarros?
Dois meses depois do misteriosos desaparecimento, a primeira parte de seu corpo (do quadril aos joelhos) foi encontrada dentro de um saco de lixo, em um terreno baldio na periferia da cidade.
Pouco tempo depois, outras partes do corpo foram aparecendo. Sempre em sacos plásticos e congelados. O tronco nunca apareceu, o que foi muito lamentado pela mãe e irmãos dela quando houve o sepultamento das partes, no Cemitério Municipal de Assis.
O que mais impressionou a equipe policial foi o encontro da cabeça de Sílvia, com cabelos, junto a um prato onde estava o feto de um menino. Algo macabro, que à época foi associado à magia negra.
Quando encontradas as partes do corpo, os delegados responsáveis pelo caso afirmaram que, quem esquartejou a gestante mostrou muita habilidade no manuseio de um facão. Acreditavam eles que a cozinheira teria sido esquartejada viva, num ato extremo de crueldade e vingança.
Com investigações difíceis e acirradas, com forte pressão familiar e clamor social, na primeira quinzena de novembro de 2012 dois suspeitos de terem praticado o crime foram presos. A investigação para saber quem tinha executado o esquartejamento, e os motivos para isso, continuou.
No dia 22 do mesmo mês, mais dois suspeitos de participação no crime foram levados à DIG – Delegacia de Investigações Gerais, e foi reiterada a voz de prisão.
Dos quatro réus, dois são irmãos, sendo o ex-marido e o cunhado de Sílvia Cassiano. Os primeiros homens presos eram vizinhos da vítima. Posteriormente, um habeas corpus colocou o ex-marido para responder em liberdade. Posteriormente os outros também foram soltos para aguardar o julgamento.
No decorrer do inquérito policial, pelo menos 50 pessoas foram ouvidas, formal e informalmente.
Agora, passados 11 anos, os réus serão julgados no Fórum da Comarca de Assis. O julgamento está marcado para o dia 27 deste mês de março, podendo ser adiado porque várias testemunhas – arroladas em caráter de Imprescindibilidade da prova, não foram encontradas. Alexandre Pinheiro Valverde será assistente de acusação junto ao promotor de Justiça, Eduardo Henrique Amâncio de Souza.
Na defesa dos réus estarão os advogados Alex Luciano B. Carlos, Sérgio Afonso Mendes, Porfiria Aparecida Albino e Ivan Décio Serra.
Concentração da polícia e imprensa no dia do encontro da primeira parte do corpo de Silvia Cassiano
Sepultamento dos restos mortais da gestante, com clamor por justiça.
Redação e fotos Abordagem Notícias
Participe do nosso grupo do WhatsApp!
Fique informado em tempo real sobre as principais notícias de Assis e região
Clique aqui para entrar no grupo