Tudo muda e nada permanece o mesmo, já dizia um filósofo meio louco lá na Grécia Antiga. Tão distantes essas palavras, mas ao mesmo tempo perto de nós, pequenos seres que estão à mercê de um mundo em constante mudança.
O filósofo aqui não é nada menos do que nós mesmos. Olhamos ao nosso redor e vemos que a permanência é difícil. Os relacionamentos se diluem em aplicativos, pessoas estão evitando o relacionamento com as outras, preferindo as inteligências artificiais, e até mesmo para pedir um gás de cozinha – pasmem – é virtual, e a sociedade aplaude de pé e diz palavras como: “PARABÉNS, ESSE É O PROGRESSO”!
A mudança é boa, desde que seja aproveitada. A modernidade nos deu o dom de estarmos conectados com todos, e, ao mesmo tempo, desconectados de todos. E nem percebemos que estamos offline do mundo real, não aproveitando o dom da mudança. Assim, discordamos do que a sociedade diz: Esse não é o progresso!
Ontem mesmo estava na fila de um mercado daqui de Assis e um homem estava na minha frente pagando sua conta com o cartão de crédito., Após o cliente inserir o cartão na maquininha, a caixa gentilmente disse: - Senhor, pode colocar a senha do cartão, por favor. E no momento houve silêncio. O homem estava no modo offline da vida. Olhava atento a tela do celular, como que preocupado, afobado. E a atendente ficou cerca de dois minutos no “minuto de silêncio”.
Até que ela disse novamente: - Senhor, a senha. Ele, meio apático porque foi interrompido na sua infindável jornada virtual, pôs a senha, agradeceu com um ríspido “obrigado” e foi embora. A caixa foi me atender e soltou uma frase um tanto rancorosa: “Maldito seja quem inventou o celular!”.
Eu como mero espectador da cena sorri e dei atenção à atendente, e ela, que antes estava meio irritada com o “senhor dono do celular”, agora sorria e me despedia com um bom dia agradável. Pensei comigo, até onde a mudança pode nos levar? Conclui: até o distanciamento dos afetos.
A verdade da vida é que tudo muda e que devemos aproveitar as mudanças. E ainda ressalto, não devemos mudar a ponto de nos distanciar de nossa essência que é o relacionamento. Desligue um pouco o celular, desconecte um pouco do Facebook, e fique online na vida de quem você ama. Aproxime-se do afeto, e como diz o grupo O Teatro Mágico “deixa ser, deixa nascer, deixa a roda girar!”
O filósofo dizia que tudo muda, e concordamos. Só aproveitaremos o dom da mudança, quando ela nos fizer mais humanos, para que possamos aproveitar uma vida plena e mais conectada. Que nos desconectemos do mundo e nos conectemos aos corações, afinal, mesmo que a energia acabe, só nos restará quatro coisas: o amor, o café, os livros e as pessoas.
Antes de se desconectar e aproveitar o ar que está lá fora, comente esse texto e compartilhe com seus amigos. E espero vocês na próxima segunda aqui, no Abordando as coisas da vida.
Eduardo Matheus
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