Cardiologista de Presidente Prudente é acusado de abuso sexual contra pacientes
As investidas sexuais do médico teriam sido em mais de 20 mulheres. Ele foi preso.
Motivada por notícia criminais da paciente D.A.O.C contra o cardiologista A.C.B.F., feita em 19 de julho de 2018, a DDM de Presidente Prudente passou a investigar crime do artigo 215 do CPB (posse sexual mediante fraude).
Ao que consta, no interior do consultório localizado na Avenida Washington Luís, 2536, 5º andar, sala 504, durante consulta com o médico, aproveitando-se de sua ascensão e contra a vontade expressa da vítima, teria praticado atos libidinosos diversos da conjunção carnal, consistentes em acariciar de forma lasciva sua perna e virilha, assim como introduzir a mão no interior de sua calcinha, acariciando e apalpando sua vagina, bem ainda, colocando a mão da vítima em seu pênis enquanto aferia sua pressão arterial.
Não bastasse, o médico ainda pediu para ela virar de costas para auscultar seu coração e efetuou movimentos contínuo semelhantes aos utilizados na prática de conjunção anal, encostando seu quadril na região das nádegas da vítima.
Ouvida em declarações a mulher explicou que passou por consulta com o mesmo profissional em maio daquele ano e naquela ocasião transcorreu dentro da normalidade. Sua pressão arterial foi aferida sentada, assim como pela secretaria realizou o exame de eletro. Solicitados exames, retornou em nova consulta na data de 19.07.2018, oportunidade em que o abuso sexual ocorreu.
Segundo informações da Polícia Civil, durante a consulta a vítima teria repetido, por duas vezes, que não gostava daquele comportamento, mas o investigado a teria encarado de maneira firme e prosseguido.
Descreveu a mulher, que entrou em estado de choque, passou a chorar, mas não conseguiu gritar por socorro, ficando sem reação, exceto a de lhe pedir, diversas vezes para parar.
Vários boletins de ocorrência de anos anteriores contra o mesmo médico, e por práticas abusivas da mesma natureza e modo, foram encontradas nos registros policiais. Visando produzir outros elementos de informação e, quiça, localizar outras vítimas, a operadora de Saúde UNIMED foi solicitada e enviou relação de pacientes do sexo feminino atendidas pelo médico citado.
Da extensa relação e de maneira aleatória e exemplificativa, outras pacientes foram chamadas a declinar sobre os procedimentos ocorridos durante as suas consultas.
Algumas delas descreveram comportamento regular, contudo, outras tantas, corroborando ainda mais a versão da vítima confirmaram terem sido vítimas das investidas sexuais fraudulentas do autor, concluindo, pois pela existência de mais de vinte mulheres.
Julgado presentes indícios suficientes de autoria e materialidade, o médico foi devidamente interrogado, negando os fatos, sendo formalmente indiciado no crime de posse sexual mediante fraude, e diante das evidências representada pela decretação de sua prisão preventiva.
Com informações da Polícia Civil de Presidente Prudente.
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