Homem que golpeou mulher com faca e martelo é condenado em Assis
O julgamento ocorreu nesta quarta-feira, 21 de novembro.
Foi julgado nesta quarta-feira, 21 de novembro, no Fórum da Comarca de Assis, Odair Alves Coutinho, que em 05 de março de 2016 tentou matar Aparecida Alves com facadas e marteladas. Ele foi preso no mesmo dia e indiciado por tentativa de homicídio, com qualificadoras. O julgamento acabou há pouco (por volta das 17h30).
O veredito foi de 8 anos e dois meses, a ser cumprido em regime fechado.
Uma curiosidade neste júri: O corpo de sentença foi formado unicamente por mulheres. As sete juradas reconheceram autoria, materialidade e todas as qualificadoras, sendo essas, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicidio.
A acusação ficou por conta do promotor de Justiça, Eduardo Amancio; a defesa foi feita por Roldão Valverde; e a sessão, presidida pelo juiz de Direito, Thiago Baldani.
Tentativa de soltura
Em 2017, a defesa de Coutinho, feita pelo criminalista Roldão Valverde, impetrou Habeas Corpus, sob a alegação de que o cliente estava sofrendo constrangimento ilegal em virtude de ato praticado pelo Juízo da 2ª Vara Criminal e da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, da comarca de Assis. O pedido foi indeferido, num consenso dos desembargadores Hermann Herschander, Walter da Silva e Marco de Lorenzi, da 14ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado De São Paulo.
O crime
Segundo os autos do processo, o réu e a vítima Aparecida mantiveram um relacionamento amoroso por dez dias. Inconformado com o término, o homem passou a perseguir e ameaçar de morte a ofendida, que pleiteou e teve deferidas medidas protetivas em seu favor.
Ocorre que, na data do crime, o paciente descumpriu tais medidas e dirigiu-se à residência de Aparecida portando um par de luvas, um martelo e uma faca. Ficou aguardando sorrateiramente a chegada dela e, assim que isso ocorreu, atacou-a com inúmeros golpes de martelo nas mãos e nas costas. Ato contínuo, feriu a vítima com duas facadas, sendo uma na nádega e a outra na barriga.
O intento homicida somente não se consumou por circunstância alheia à sua vontade, consubstanciada na presença do filho de Aparecida, que, ao ouvir os gritos de socorro dela, saiu de sua residência munido com um taco de beisebol e com ele desferiu um golpe na mão de Coutinho, vindo a desarma-lo.
Tais circunstâncias, indicativas do ânimo violento e da aguda periculosidade do paciente, apontam, por ora, para a necessidade de sua prisão para a garantia da ordem pública, decisão essa reiterada agora por um júri popular.
Redação e foto Abordagem Notícias.
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