Crise econômica piora situação do brasileiro em seguir tratamento medicamentoso
Estima-se que cerca de 50% das pessoas que iniciam um tratamento de saúde o abandonam.
Despesas não pagas relacionadas aos cuidados com a saúde colocaram 25,3% dos brasileiros na lista de negativados, em 2017, de acordo com uma pesquisa divulgada recentemente pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Para mais de 50% dessas pessoas, a perda do emprego e a diminuição da renda estiveram entre os motivos da inadimplência com as contas na área da saúde, que está entre as principais despesas das famílias brasileiras, sendo o medicamento o item que mais pesa no orçamento.
“Infelizmente, a falta de condição em custear o remédio prescrito pelo especialista muitas vezes leva à interrupção do tratamento. Estima-se que cerca de 50% das pessoas que iniciam um tratamento de saúde o abandonam por falta de acesso ao medicamento”, diz Luiz Monteiro, presidente da PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM. Ainda de acordo com a pesquisa do SPC, 26,6% faz uso de remédios contínuos ou periódicos, com um gasto médio mensal de R$ 138,32.
Monteiro explica que, com o PBM – Programa de Benefícios em Medicamentos, as pessoas têm mais chances de seguir o tratamento, já que o subsídio oferecido pelas empresas facilita o acesso ao medicamento. “O desconto pode variar de acordo com o plano escolhido pelas empresas, mas há casos em que pode ser de até 100% do valor”, explica o presidente da PBMA. Hoje, no Brasil, funcionários de empresas como Telefônica Brasil, IBM, Caterpillar, Unilever, Arcelor Mital, Carrefour, Nestlé, Gerdau e Tigre, entre outras, já subsidiam medicamentos para seus funcionários.
Participe do nosso grupo do WhatsApp!
Fique informado em tempo real sobre as principais notícias de Assis e região
Clique aqui para entrar no grupo