Caso Fabi Xablau: Polícia Civil de Assis esclarece assassinato
As prisões temporárias de dois investigados foram convertidas em prisões preventivas.
No dia 23 de julho do corrente ano, a equipe da Central de Polícia Judiciária de Assis foi acionada pela Polícia Militar para atender uma ocorrência de Homicídio Qualificado, tratando-se do repercutido caso do assassinato da assisense Fabiana Martins, 16 anos, conhecida pelo apelido de Faaby Xablau.
A vítima foi encontrada já sem vida, com o corpo parcialmente queimado, na zona rural desta cidade. Posteriormente, o laudo de exame de corpo de delito necroscópico concluiu que as queimaduras foram produzidas após a morte e que a causa da morte foi asfixia mecânica por esganadura.
Logo após o encontro do corpo da vítima, o setor de investigações desta Delegacia Especializada passou a realizar diversas diligências de campo, buscando identificar testemunhas, câmeras de monitoramento nas proximidades da residência da vítima e do local onde o corpo foi abandonado, as quais aliadas ao trabalho de investigação, foram imprescindíveis para a identificação, esclarecimento e prisão dos investigados.
Preliminarmente foram inquiridas algumas testemunhas e os investigados, tratando-se do casal de homossexuais N. F. O. A., 18 anos, (melhor amigo de Fabi) e C. F. S.; e as irmãs J. C. M. e J. C. M. que foram presos temporariamente.
Ocorre que após as prisões, através de fatos relatados por algumas testemunhas, não ficou comprovado o envolvimento de C. F. S (namorado de N. F. O. A.) e nem das irmãs J. C. F e J. C. M., razão pela qual foi representado pelo pedido de revogação de suas prisões.
Por sua vez, N. F. O. A. desde o início das investigações mentiu e ocultou a verdade, inclusive ao alegar um álibi, que acabou não se sustentando e deixando claro seu envolvimento no crime. Imagens captadas por câmeras de segurança de residências vizinhas a casa da vítima, confirmaram que na madrugada do crime N. F. O. A. esteve nas imediações, fato também confirmado por uma testemunha.
Dando prosseguimento nas investigações, foi identificado E. A. V. P, mototaxista de 33 anos que, juntamente com N. F. O. A., foram os últimos a manter contato com a vítima.
Desde o início o mototaxista E. A. V. P. faltou com a verdade e apresentou várias versões, no entanto ficou claro que conhecia muito bem a vítima e em uma das oitivas relatou que esteve com ela na madrugada do crime, descrevendo exatamente a roupa que ela trajava.
Ressalta-se que um dia antes do crime, N. F. O. A. e E. A. V. P. foram vistos fumando maconha com a vítima, na esquina da casa dela, reforçando ainda mais o vínculo entre eles. Também foram identificadas câmeras de segurança no local onde o corpo de Fabi foi encontrado, sendo captadas imagens de um veículo equipado aparentemente com aerofólio, igual ao utilizado no veículo de E. A. V. P., o qual foi apreendido e periciado.
No interior do porta-malas foram encontrados fios de cabelo e uma mancha no carpete detectada por luz forense, a qual está sendo analisada pelo Instituto de Criminalística de São Paulo, pois acredita-se que era é Fabi.
Durante as investigações ficou claro o envolvimento de N. F. O. A. e E. A. V. P. no crime, sendo a motivação o ciúme doentio que N. F. O. A. nutria em relação ao seu namorado C. F. S., fato confirmado na madrugada do crime, quando N. F. O. A. foi até a rua da casa da vítima com a intenção de surpreendê-los.
Os investigados negaram a pratica do crime. Contudo, diante das provas acostadas nos autos, as prisões temporárias dos investigados N. F. O. A. e E. A. V. P. foram convertidas em prisões preventivas, os quais permanecem à disposição da justiça.
A descoberta do corpo
Um grupo que caminhava por uma estrada de terra na Água da Pinga, perto da boate Maçã do Amor, em Assis, na manhã de segunda-feira, 23 de julho, e avistou uma mulher no chão, às margens da estrada, no mato.
A vítima estava deitada de costas, com a parte superior do corpo completamente queimado. As pernas apresentam poucas queimaduras. O rosto estava intacto, sendo possível constatar agressões severas, principalmente na boca.
Fabiana, que só foi identificada no final da tarde do mesmo dia, usava meias e vestia com um shorts jeans. Ao lado do corpo foi deixado um frasco contendo combustível.
A identificação da vítima foi feita pelo padrasto dela, através de uma tatuagem no braço, cabelos pintados de vermelho, pulseira, e, pelo corpo propriamente, já que a parte da frente sofreu poucas queimaduras.
A Polícia Civil, através do delegado Marcelo Armstrong Nunes esteve no local, bem como peritos da Polícia Cientifica de Assis. Foi elaborado Boletim de Ocorrência e começaram a ser ouvidas diversas testemunhas, até chegar-se à conclusão do inquérito, comprovando as participações dos indiciados acima descritos.
Redação Abordagem Notícias, com informações do Deinter-8
OBS - A Polícia Civil passou apenas as iniciais dos envolvidos. A reportagem apurou que os dois indiciados são Natan e Everton, ambos moradores em Assis-SP.
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