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LOCAL • 20/10/2024 às 19:36

Trabalhadores manterão luta contra terceirização irrestrita

Terceirizados ganham até 70% menos que os contratados diretos, entre outros prejuízos.

Trabalhadores manterão luta contra terceirização irrestrita

(Foto de assembleia realizada na noite de 8 de agosto)

O presidente da República e seus aliados no Congresso aprovaram a lei e, recentemente, o STF legitimou essa forma de contratação até mesmo nas atividades fim das empresas.

Por mais de duas décadas, o Sindicato dos Bancários de Assis e região, juntamente com o movimento sindical nacional, empreendeu uma luta árdua e constante contra a terceirização irrestrita. A resistência foi rompida com o golpe de 2016. Numa manobra ardilosa, deputados federais desengavetaram um projeto antigo de 1998, de autoria do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e aprovaram, em 22 de março de 2017, a terceirização sem limites.

Como o projeto já havia sido aprovado pelo Senado, seguiu para a sanção do governo Temer, que assinou a medida (lei 13.429/2017) nove dias depois. Recentemente, em 30 de agosto deste ano, esse ataque aos trabalhadores foi legitimado pelo Supremo Tribunal Federal: os ministros de toga do STF aprovaram essa forma de contratação precária em todos os setores de uma empresa, inclusive nas públicas.

Mesmo nesse cenário de ataques, os bancários acabam de assinar um acordo que garante os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho por dois anos. Agora, organizados em seus sindicatos, farão frente contra à terceirização e a outras formas de contratações precárias previstas na lei trabalhista.

Terceirizados ganham até 70% menos que os contratados diretos, têm jornadas de trabalho maiores e não estão resguardados por sindicatos fortes. Os terceirizados do setor financeiro, por exemplo, não usufruem dos direitos previstos nas convenções.

Em 7 de outubro, após dois anos de golpe (além da terceirização, Temer e sua base aliada no Congresso aprovaram a reforma trabalhista e a PEC do teto, que congelou investimentos em saúde e educação), a população irá novamente às urnas. Mas é fundamental que os trabalhadores e bancárias não votem em candidatos de partidos que os prejudicaram, aprovando a terceirização. “Por isso, temos que defender nossos direitos conquistados com muita luta”, ressalta o presidente Helio Paiva Matos.

Ello Assessoria de Imprensa

 




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