Ciúme, vaidade e inveja teriam motivado o assassinato de Fabiana, em Assis
Três jovens já estão presos, sendo dois homens e uma mulher; a outra está foragida.
A Polícia Civil de Assis, através da Delegacia de Investigações Gerais, prendeu na manhã desta sexta-feira, 27 de julho, três pessoas, principais suspeitas do cruel assassinato da adolescente Fabiana Adrielle Cardoso Martins, 16 anos, conhecida pelo apelido de Faaby Xablau.
Os suspeitos são o casal de homossexuais N. F. O. A. (18 anos) e C. F. da S. (18); e as irmãs J. de C. M. (21) e J. de C. M. (24). O primeiro homem citado era o melhor amigo de Fabiana. O namorado dele, segundo o delegado que está à frente do caso, já havia ameaçado a vítima de morte, por ciúme do companheiro, chegando a dizer que a queimaria.
Uma das mulheres não foi encontrada em Assis e é procurada pela justiça. Há informação, extraoficial, de que está no Paraguai.
Em março desse ano, em uma festa em Maracaí, as irmãs e Fabiana entraram em luta corporal, sendo que uma das acusadas ficou sem o top, e a vítima, sem as roupas. “Elas já tinham uma rixa declarada, bem como o namorado de um dos acusados tinha ódio explícito da vítima”, relatou o delegado Marcelo Armstrong Nunes, que concedeu entrevista coletiva à imprensa na manhã de hoje.
O delegado conta que as investigações começaram logo que o corpo foi encontrado em um pasto, na Água da Pinga, com marcas de agressões e parcialmente queimado com querosene.
“Ontem chegamos até quatro suspeitos depois de ouvir várias testemunhas e efetuar diligências de campo. É prematuro afirmar, mas tudo indica que o crime foi motivado por ciúme, vaidade e relacionamentos que a vítima mantinha com companheiros e ex-companheiros dos envolvidos. No decorrer dos próximos dias isso tudo vai ficar melhor esclarecido, e saberemos, também, se há mais pessoas envolvidas, e até mesmo firmar a convicção quanto à atuação de cada um dos suspeitos no homicídio”, expõe Armstrong Nunes.
Segundo o delegado, todos os três suspeitos apresentaram divergências em suas declarações e álibis, facilmente derrubados. “Eles mentiram sobre onde estavam na ocasião do crime e outras coisas mais. Uma das envolvidas chegou a vender o carro (um Celta) no dia seguinte, mas já localizamos e está sendo trazido à delegacia”.
Os quatro indiciados pelo homicídio, de acordo com Armstrong Nunes, estavam com a vítima na madrugada dos fatos. Eles tiveram as prisões temporárias decretadas por 30 dias, podendo ser prorrogadas por mais 30. Posteriormente, ao final das investigações, podem ser convertidas em preventivas.
Os três veículos apreendidos passarão por perícia. A polícia procura por vestígios, e acredita que serão encontrados.
Apesar de não saber, ainda, onde Fabiana foi morta, o delegado acredita que a adolescente foi atraída para uma emboscada que acabou com sua vida. Foi descartada a hipótese de violência sexual.
“Tudo indica que Fabiana foi morta em outro lugar. Ali na estrada rural, apenas deixaram o corpo. Queimaram para apagar vestígios e também por maldade”, finaliza.
Os indiciados negam participação no homicídio. Cada qual tem um advogado de defesa. Dois estavam na CPJ acompanhando os clientes.
Fabiana, vítima do cruel homicídio, tinha apenas 16 anos (foto Facebook)
Um dos veículos apreendidos para perícia.
Redação e fotos Abordagem Notícias
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