Sobe o número de mortos nos incêndios florestais na Grécia
Incêndio já é considerado o pior a atingir o país em mais de uma década.
Mulher busca cachorro após incêndio que atingiu Mati, cidade perto de Atenas, nesta terça-feira (24) (Foto: Costas Baltas/ Reuters)
O número de mortos e feridos pelos incêndios florestais que atingem o nordeste de Atenas, capital da Grécia, aumentou nesta terça-feira (24). A Defesa Civil divulgou um balanço de 49 mortos e 156 feridos. Já o prefeito de Rafina, que é uma das cidades atingidas, afirma que 60 pessoas morreram. Os incêndios já são considerados os piores a atingir o país em mais de uma década.
O porta-voz do governo, Dimitris Tzanakopoulos, afirmou na madrugada desta terça que ao menos 16 crianças estão entre os feridos. Entre os mortos, está um bebê de 6 meses que não resistiu à intoxicação por fumaça.
Bombeiros, soldados e moradores carregam mangueira para combater incêndio na cidade de Rafina, perto de Atenas, na Grécia, na segunda-feira (23) (Foto: Costas Baltas / Reuters)
Incêndios florestais na Grécia causam 50 mortes e feridos passam de 150
O fogo começou no fim da tarde de segunda-feira, quando as autoridades divulgaram um balanço de 20 mortos e 104 feridos. Moradores da região foram forçados a fugir em direção ao mar para escapar das chamas. Alguns dos mortos foram encontrados em rotas de fuga.
O país teve um inverno considerado seco no início deste ano e agora, com as altas temperaturas do verão, houve condições ideais para o fogo se alastrar. Incêndios do tipo já ocorreram em outras ocasiões. Em agosto de 2007, dezenas de pessoas morreram quando o fogo devastou o sul grego.
Centenas de bombeiros foram mobilizados para atuar nas chamas. O Exército também foi convocado. Nesta terça, aviões de combate a incêndio vindos da Espanha e voluntários do Chipre chegaram ao local.
As chamas destroem casas e interromperam o serviço em grandes vias de transporte. Conexões ferroviárias foram destruídas e voos foram desviados ou cancelados.
O primeiro-ministro Alexis Tsipras estava na Bósnia e resolveu antecipar a volta à Grécia. Ele declarou três dias de luto nacional e falou sobre ações para barrar a destruição:
"Faremos tudo que é humanamente possível para controlá-lo. Estamos lidando com algo completamente diferente", disse o premiê.
"Hoje a Grécia está de luto e, em memória daqueles que foram perdidos, estamos declarando um período de três dias de luto", disse Tsipras. "Mas não devemos deixar que o luto nos destrua, porque estas horas são horas de batalha, unidade, coragem e acima de tudo solidariedade."
Equipes de emergência também encontraram um grupo de 26 vítimas, algumas crianças, deitadas juntas perto do topo de um rochedo de frente para a praia. "Eles tentaram encontrar uma rota de fuga mas, infelizmente, essas pessoas e seus filhos não conseguiram a tempo. Instintivamente, vendo o fim se aproximar, eles se abraçaram", disse Nikos Economopoulos, chefe da Cruz Vermelha na Grécia, à Skai TV.
Um fotógrafo da France Presse encontrou três corpos carbonizados embaixo de um carro perto de Rafina, 40 km a leste de Atenas. Duas pessoas morreram antes de serem transferidas a hospitais, anunciou a TV pública Ert, citando os serviços de emergência da capital, Ekav.
Cerca de 700 pessoas que conseguiram chegar ao litoral foram resgatados por navios da guarda costeira e outros barcos. A guarda costeira também retirou 19 sobreviventes e 4 mortos que estavam no mar.
Fonte G1
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