Ataques de escorpião crescem e assustam população de Paraguaçu Paulista
São Paulo registra mais de dois casos de ataques de escorpião por hora e o número vem crescendo.
A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que em 2018 já foram registrados 11,5 mil casos de ataques de escorpião no Estado. Isso significa que os ataques de escorpião cresceram e estão assustando a população, pois São Paulo registra mais de dois casos de ataques de escorpião por hora. Além desse número crescente, está havendo dificuldade quanto à distribuição o soro antiescorpiônico.
De um lado, a Secretaria de Estado afirma que apenas redistribui o soro antiescorpiônico, sendo a aquisição e a distribuição de responsabilidade do Ministério da Saúde. O Estado afirma ainda que “o envio de ampolas a São Paulo continua ocorrendo de forma irregular”. A necessidade é de 650 ampolas por mês, mas em julho, por exemplo, recebeu apenas 126 ampolas. De outro lado, o ministério dá outros números e diz que em julho São Paulo recebeu 350 doses. E frisa que os Estados “são responsáveis por fazer a distribuição”, podendo remanejar “de uma cidade para outra”.
Enquanto isso, a população sofre com o aumento de casos de ataques de escorpião. São 11,5 mil casos este ano, ante 21,7 mil em 2017, 18.829 em 2016 e 15.107 em 2015. Os números crescem desde 2011, quando houve 7.017 ataques. A morte mais recente neste ano foi de Yasmin Lemos de Campos, de 4 anos, enterrada ontem em Cabrália Paulista. A menina foi levada até Bauru, a 50 km de distância da sua cidade e, entre a picada e a aplicação do soro, foram três horas e ela acabou indo a óbito. Outras crianças já perderam a vida em casos semelhantes neste ano. Em Sumaré um menino morreu no último sábado (7), seis dias após ser picado. Em abril, outro garoto, de 6 anos, foi vítima em Barra Bonita. Sem soro na cidade, teve de ser mandado para o hospital de Jaú.
Ataques de escorpiões em Paraguaçu Paulista
Em Paraguaçu Paulista a situação também preocupa. Casos de casos de ataques de escorpião em Paraguaçu Paulista são registrados frequentemente, de acordo com a coordenadora da Vigilância Sanitária do Departamento de Saúde, Iraciana Messias de Paiva.
Para evitar acidentes, o ideal, segundo a coordenadora Iracinana, é evitar as condições que permitam que o animal seja atraído ou se abrigue perto das residências, estabelecimento comerciais ou públicos. Para isso, é preciso isolar vias de entrada, afastar fontes de alimento e permitir a presença de predadores, promovendo assim o manejo natural. Entre as dicas estão as principais:
- não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção;
- vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés;
- utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;
- manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros;
- combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins;
- preservar predadores naturais como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas;
- limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas;
- usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
- examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las.
“São ações que dependem de todos nós, tanto do poder público quanto da população. Temos que manter limpo quintais e jardins, não acumular folhas secas. Temos que remover folhagens, arbustos e trepadeiras junto às paredes externas e muros. Para essas atividades, temos que usar luvas de raspa de couro. Temos que acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes apropriados e fechados ao entregá-los para o serviço de coleta, além de ficarmos atentos para horário programado de coleta em nosso bairro. Não podemos jogar lixo em terrenos baldios. Temos que manter limpo terreno baldio e não realizar queimada, pois desalojam escorpiões. Temos que eliminar fontes de alimento para escorpiões como baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados. Temos que remover periodicamente materiais de construção e lenhas, por exemplo. Temos que manter caixas de gordura devidamente vedadas e limpas. Além de rebocar paredes externas e muros para que não apresentem vãos ou frestas”, orientou Iraciana.
É preciso ainda ficar atento às obras de construção civil e terraplanagens, pois podem formar ambientes favoráveis ao abrigo de escorpião, pois nelas há entulho, material de construção, superfícies sem revestimento, umidade. Quanto às áreas externas das residências ou de prédios comerciais e públicos, algumas medidas podem ser adotadas como:
- Rebocar paredes para que não apresentem vãos ou frestas;
- Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha;
- Reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas;
- Telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques;
- Telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos calafetados e
- Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados
Caso a pessoa já tenha encontrado escorpião em sua residência, Iraciana orienta para que a pessoa vistorie sempre roupas e sapatos antes do uso; não deixe colchas, lençóis, toalhas e roupas em contato direto com chão; mantenha berços, camas e sofás afastados das paredes, no mínimo 10 cm; use luva de raspa de couro para manusear objetos e materiais que eventualmente estejam parados há muito tempo.
Já quanto ao uso de venenos para combater o escorpião, Iraciana afirma que a medida não funciona. “O controle químico (uso de venenos) para controle de escorpiões não funciona, pois o hábito dos escorpiões de se abrigarem em frestas de paredes, embaixo de caixas, papelões, pilhas de tijolos, telhas, madeiras, em fendas e rachaduras do solo, juntamente com sua capacidade de permanecer meses sem se movimentar, torna o tratamento químico ineficaz, conforme orientação do Manual de Controle de Escorpiões do Ministério da Saúde”, explica Iraciana.
Ao ser picada pelo escorpião, a pessoa sente uma dor intensa. É normal haver inchaço e vermelhidão ou formigamento no local da picada. Se esses sintomas vierem acompanhados de náuseas ou vômito, suor excessivo, agitação, tremores, salivação, aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, a orientação é que vá imediatamente ao hospital. Se possível, deve levar o animal agressor para identificação e uso do soro escorpiônico. Então, em caso de acidente, de ter sido picado por escorpião, procure imediatamente o Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia de Paraguaçu Paulista.
Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Paraguaçu
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