Caminhoneiros fazem protesto contra alta do diesel em rodovias da região
No sentido Ourinhos/Assis, segundo a organização, há uns 300 caminhoneiros envolvidos.
Caminhoneiros fazem desde a manhã desta segunda-feira (21) um protesto nas rodovias do Centro-Oeste Paulista. Foram registradas manifestações na Marechal Rondon, em Bauru (SP), e na Raposo Tavares, em Ourinhos, contra o aumento no valor do diesel. O ato é realizado em pelo menos 15 estados do país.
No período da tarde, alguns manifestantes chegaram a promover uma espécie de "piquete" na Rodovia Marechal Rondon, próximo a Agudos (SP), na tentativa de aumentar a adesão ao ato.
Alguns deles chegaram a atirar pedras nos caminhões que não paravam no bloqueio. Os manifestantes, que estavam reunidos em um posto de combustíveis às margens da rodovia, entravam na pista com faixas – carros e ônibus não eram abordados.
Na região de Bauru, os manifestantes estacionaram cerca de 40 caminhões às margens da rodovia, segundo a Polícia Rodoviária. De acordo com a organização do ato, 400 motoristas aderiram ao protesto na região. Com faixas e cartazes, os caminhoneiros anunciam a greve geral no transporte rodoviário e pedem a diminuição no preço do combustível.
Durante a manhã e início da tarde, os manifestantes fizeram uma carreata saindo de Agudos até o trevo rodovia Bauru-Marília. Segundo a Polícia Rodoviária, o trânsito ficou lento na região, mas não chegou a ser paralisado.
Já em Ourinhos, segundo a organização, há cerca de 300 caminhoneiros envolvidos na manifestação, que acontece no quilômetro 384 da rodovia, no sentido Assis. Segundo a Polícia Rodoviária, são cerca de 150 a 200 caminhões parados.
A Concessionária Auto Raposo Tavares (Cart), responsável pela rodovia, informou em nota que "o fluxo de veículos segue com normalidade em ambos os sentidos" e que a concessionária "monitora a ocorrência em conjunto com a Polícia Militar Rodoviária com o objetivo de garantir a segurança viária e a fluidez no trânsito".
Segundo a organização do movimento, a orientação é para que os motoristas deixem os caminhões no acostamento, para não prejudicar o trânsito, já que o intuito da manifestação é apenas chamar a atenção do governo. A paralisação deve durar 24 horas.
Aumento do combustível
A última alta diária ocorreu na sexta (18), quando a Petrobras elevou os preços do diesel em 0,80% e os da gasolina em 1,34% nas refinarias. Foi o 5º reajuste diário seguido. A escalada nos preços acontece em meio à disparada nos preços internacionais do petróleo.
A Petrobras diz que as revisões podem ou não refletir para o consumidor final – isso depende dos postos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
G1
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