Sífilis, uma grande preocupação do Grupo Integrado de Prevenção e Atenção
O avanço da doença se deve, em grande parte, ao sexo sem camisinha
Com aumento expressivo, a Sífilis vem se apresentando como epidemia silenciosa, e com característica de emergência em Saúde Pública. Assis, tem exigido de gestores e profissionais de saúde respostas diferenciadas para o seu enfrentamento.
Pensando em discutir, elaborar e intensificar estratégias de prevenção da Sífilis, a Secretaria Municipal de Saúde por meio do GIPA - Grupo Integrado de Prevenção e Atenção as DSTs/HIV/AIDS, Vigilância Epidemiológica e Atenção Básica, promoveu no final de abril a Semana de Mobilização Contra A Sífilis: “Um Problema De Todos Nós”.
O objetivo da data foi conferir maior visibilidade à doença, e, em especial, somar esforços de gestores e trabalhadores do SUS-SP para a eliminação da sífilis congênita e o no controle da sífilis adquirida.
Desta forma, em parceria com o Curso de Medicina e de Enfermagem da Fundação Educacional Município de Assis – FEMA realizou atividades específicas com a população nas Unidades Básicas de Saúde e Estratégia Saúde da Família, e ficou como dia “D” o dia 28/04/2016.
Durante a semana foram feitas orientações em sala de espera à população, aconselhamento as gestantes e ao parceiro sobre a importância da prevenção da Sífilis em especial, e o tratamento adequado, a fim de evitar sífilis congênita.
Antes, foi realizada a apresentação de dados epidemiológicos sobre esta DST, pela enfermeira e coordenadora Maria do Carmo do GIPA, orientação, conscientizando os alunos da importância deste tema e sua relevância em Saúde Pública.
Os dados epidemiológicos da doença, ressaltou o enfoque a faixa etária de maior predomínio, e número de notificações a partir de 2013. Levantamentos da Saúde revelaram que, após o trabalho realizado por meio do GIPA e Atenção Básica, em capacitar todos os enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde na realização de teste rápido para HIV e Sífilis, observou o aumento dos número de casos notificados, e o diagnóstico precoce, bem como tratamento, que também deverá ser é realizado em cada unidade de saúde onde o paciente reside.
No caso do diagnóstico por meio de teste rápido, em especial da gestante, é realizado o tratamento imediatamente e convocado o parceiro para adesão e tratamento concomitante, para evitar a sífilis congênita, o que observa que não acontece desta forma pela dificuldade de adesão do parceiro.
Mesmo tendo passado a semana em que foi trabalhada a questão sífilis, a agenda do trabalho preventivo e orientações continuam no decorrer do ano, com agenda de visita da unidade de saúde para alunos de Escolas Públicas e Privadas, ações extramuros em empresas, faculdades e entregas de insumos de prevenção (preservativo masculino, feminino, gel lubrificante.)
Falando de SIFILIS
A sífilis é uma doença infecciosa, sexualmente transmissível, resultante da infecção pela espiroqueta Treponema pallidum. Pode causar ulcerações, tanto no homem, quanto na mulher.
Em seu estágio mais avançado, a doença pode causar cegueira, insanidade, paralisias, problemas cardíacos e até óbito. Além disso, a sífilis pode aumentar em 3 a 5 vezes a possibilidade de transmissão do HIV. A maioria das pessoas não tem noção de que está contaminada, pois após o desaparecimento das lesões, os sintomas não são muito visíveis. Podem surgir manchas vermelhas na pele, mas muitas vezes o paciente não as associa à doença. “Na verdade, ele só vai descobrir se for ao médico e lhe for solicitado um exame de sangue específico”, destaca Carmo.
Explica ainda, que é importante lembrar que a sífilis é altamente curável, mas não gera imunidade. Portanto, é possível se infectar mais de uma vez se não usar preservativo.
O que preocupa é o aumento de casos registrados no país, ainda é a falta de adesão da população no diagnóstico precoce da sífilis no estágio inicial, sendo que, aparece com uma pequena lesão, indolor, em uma região, geralmente, de difícil visibilidade, nem sempre o indivíduo consegue percebê-la. Além disso, nem todos os médicos pedem a sorologia para detectar a sífilis em exames de rotina.
Outro fator é que o avanço da doença se deve, em grande parte, ao sexo sem camisinha. As maiorias dos casais que já estão casados, não utilizam a camisinha, e se algum deles contrair a doença fora de casa, consequentemente, o outro também será infectado: “a mulher muitas vezes não tem força de voz, e acaba como a mais prejudicada nisso tudo, pois às vezes os maridos vão junto com a mulher em uma consulta, alegando que a mulher pegou a sífilis em um assento sanitário, pressionando o médico para não revelar a verdade, de que ela pegou a doença em uma relação sexual com o marido”, finaliza a enfermeira.
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