No mês de fevereiro, o Conselho Tutelar de Assis finalizou a estatística de atendimento mês a mês e anual referente a 2017. Durante o ano passado, foram feitos 879 atendimentos, sendo 238 casos novos e 641 casos já acompanhados pelo Conselho Tutelar. Algo importante que deve ser destacado nestas estatísticas é a existência de territórios críticos na cidade que merecem uma atenção especial do Poder Público.

O primeiro deles compreende o Complexo Prudenciana e os problemas naquela região da cidade se acentuaram principalmente com a incorporação de dois novos bairros populosos como o Parque Colinas e o Residencial Santa Clara. Outro território crítico é o Jardim Eldorado onde aparecem várias ocorrências. Também a região da Vila Progresso e Jardim Alvorada é um território crítico em função das várias ocorrências que ali são registradas.

De acordo com as estatísticas, as principais ocorrências verificadas estão ligadas principalmente à questão escolar, como evasão em escolas estaduais e do município, além de frequência irregular nas escolas municipais e estaduais. A falta de vagas em creches e escolas municipais também é preocupante. A questão da negligência familiar é outro aspecto que chama a atenção. Também é preocupante o crescimento de jovens com as drogas, número este que vem aumentando consideravelmente no município.

Tais dados especificados através de números e bairros onde ocorrem é uma contribuição valiosa que o Conselho Tutelar oferece para que o poder público possa tomar as medidas necessárias para minimizar tais ocorrências ou mesmo extingui-las. Caso não haja uma forte atuação do poder público nesse sentido, todos os esforços realizados pelo Conselho Tutelar e órgãos que atuam com as crianças e adolescentes no município são infrutíferos.

O presidente do Conselho Tutelar de Assis, Marcos Antônio Valenciano, afirma que a estatística de 2017 é uma radiografia dos principais problemas envolvendo as crianças e adolescentes no município de Assis. Ele entende ser fundamental a aplicação de políticas públicas de todas as entidades envolvidas no trabalho com crianças e adolescentes para que estes problemas sejam atacados.

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