População lota Câmara Municipal de Assis para polêmica votação de assessoria
Os ânimo estão bastante exaltados e todos os vereadores, presentes na 3º Sessão Ordinária.
A Câmara Municipal de Assis está completamente lotada nesta quarta-feira, 14 de fevereiro, e muita gente está do lado externo do plenário. A sessão foi suspensa por 15 minutos. As vozes estão unidas num só brado contra o projeto que visa aprovar, ou não, um assessor para cada vereador, num total de 15.
A manifestação era prevista, conforme várias e incontáveis colocações nas redes sociais e em conversas generalizadas, que consideram o projeto absurdo e descabido.
Os ânimo estão bastante exaltados e todos os vereadores presentes na 3º Sessão Ordinária sendo criticados. Depois da suspensão, os vereadores voltaram à mesa às 18h58.
A proposta - duramente criticada pela população, é de autoria dos vereadores Camarguinho, Chico Panela, André Borracha e Timba.
O vereador Binato sugeriu a inversão de pautas, tendo em vista que o primeiro projeto seria a votação do aumento salarial dos servidores.
No momento, é pedido o adiamento da votação do polêmico projeto que tem forte rejeição popular. Camargo destaca que, como presidente da casa de leis, a responsabilidade "cai sobre mim e outros três vereadores. Vou consultar os outros 12 a respeito do pedido do Claudecir Rodrigues Martins sobre o adiamento".
Carlos Binato sugeriu: "Peço pelo arquivamento já". Gordinho retirou o pedido do adiamento e concordou com a solicitação de Binato, pelo arquivamento.
Camargo considerou melhor que vereadores tenham a coragem que tiveram de, agora, serem favoráveis à colocação do projeto em pauta. "Se isso acontecer, peço o arquivamento do projeto, senão vou pela continuidade, e a gente volta sim, ou não"
Populares gritam: "Vota, vota..."
Vereadores pedem calma e não estão conseguindo dar andamento à sessão. A vereadora Dedé sequer conseguiu falar.
Há a possibilidade de a sessão ser suspensa, caso persista a manifestação que impede os vereadores do uso da palavra.
O vereador Roque disse ao microfone:“Jamais gostaria de ter um representante covarde para mim. Eu fui favorável ao projeto, mas não somos donos da verdade e temos de nos retratar, muitas vezes. Quando eu disse que defendi os cargos comissionados de assessores, disse que muitas vezes as divergências não necessariamente são antagônicas, muitas vezes são complementares. Eu penso que, embora, já é evidente que esse projeto que criaria o cargo de vereadores será retirado, no entanto, penso que poderíamos representar muito melhor a população tendo assessores. Estou vendo aqui a manifestação de um pré-candidato a deputado se manifestar contra o projeto. Quero ver se ele, se eleito, e torço para que seja, vai renunciar aos seus assessores”.
Por várias vezes ele foi interrompido pelos ocupantes do plenário. Também por muitas vezes, o presidente do Legislativo disse que poderia encerrar a sessão.
O vereador Cachorrão sugere que, hoje mesmo, haja a votação. Que cada um dos vereadores diga "sim", ou "não".
Dedé voltou a fazer uso da palavra. Em síntese, disse: “Por gentileza, não quero que minha fala seja equivocada. Sei que está todo mundo ansioso por uma resposta, uma postura, mas é importante ouvir. O projeto apresentado é para ser apreciado. Sei que muitos viram minhas publicações na rede social. Não disse nem sim, nem não, disse que precisava ser avaliado. Não é preciso tanta hostilidade”, disse em meio às tentativas de falar sem ser interrompida.
Durante a fala de Timba - um dos autores do projeto, houve muitas vaias e, mais uma vez, a intervenção de Camargo sobre encerrar a sessão, caso não houvesse silêncio. Timba citou que o Tribunal de Contas já vinha “apertando essa casa há muito tempo”.
Acrescentou que, a partir do momento que a Câmara se modernizou, passou a ser mais exigida. No entanto, diante a manifestação “a voz do povo é a voz de Deus”, vocês estão querendo, e vai acontecer, mas gostaria que prestassem atenção, qua passassem a acompanhar a política. Uma cidade só vai mudar quando as pessoas se unirem, mas para discutir projetos, o rumo de uma cidade, não só nesse momento”.
Com a repercussão negativa na mídia e redes sociais, todos estão votando contrários ao projeto. Os que foram favoráveis, dizem que, diante a manifestação e vontade dos eleitores, votam agora contrários.
Solicitando respeito, Camargo – que é pela terceira vez presidente da Câmara Municipal de Assis, encerrou a fala dos vereadores e colocou aos presentes que a mesa tem por obrigação apresentar todos os projetos votados pela maioria dos vereadores. “Se o projeto foi colocado, é porque 12 pessoas foram favoráveis a eles. Os 12 se manifestaram aqui".
COM INÍCIO ÀS 20H26, OS VEREADORES VOTARAM SE SÃO FAVORÁVEIS AO PROJETO:
Cachorrão - Não
André Borracha - Não
Binbato – Não
Célio Diniz – Não
Gordinho da Farmácia – Não
Dedé – Não
Chico Panela – Não
Timba – Não
Bigode – Não
Nilson Pavão – Não
Reinaldo Anacleto – Não
Roque – Não
Valmir Dionizio – Não
Vinicius Símili – Não
VEREADORES DE ASSIS
ALEXANDRE COBRA CYRINO NICOLIELLO VÊNCIO
PR
ANDRÉ GONÇALVES GOMES
PR
CARLOS ALBERTO BINATO
PSDB
CÉLIO FRANCISCO DINIZ
PTB
CLAUDECIR RODRIGUES MARTINS
PRB
EDUARDO DE CAMARGO NETO
PRB
ELIZETE MELLO DA SILVA
PV
FRANCISCO DE ASSIS DA SILVA
PSD
JOÃO DA SILVA FILHO
DEM
LUIS REMO CONTIN
PP
NILSON ANTONIO DA SILVA
PMDB
REINALDO ANACLETO
PDT
ROQUE VINÍCIUS ISIDIO TEODORO DIAS
PTB
VALMIR DIONIZIO
PSD
VINÍCIUS GUILHERME SIMILI
PDT
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