Neste 30 de novembro, a assisense Sílvia Maria Ribeiro de Almeida está sentada no banco dos réus, no Fórum da Comarca de Assis, em julgamento pelo assassinado do seu ex-marido, o médico legista Antônio Marco Zibordi de Almeida (65 anos), na madrugada de 26 de fevereiro de 2010

O casal estava separado havia dois anos e tem três filhos, sendo que um deles é delegado. Hoje eles foram ouvidos como testemunhas.

O crime ocorreu numa sexta feira, por volta da 1h30, na casa do médico, localizada na rua Ângelo Bertoncini, quando ele dormia e foi acordado com uma pedrada. Segundo o Ministério Público, através do promotor de Justiça Luis Fernando Rocha, a mulher entrou na casa usando touca preta de banho na cabeça, luvas amarelas, calça, camisetas e sapatilhas, também pretas, levando na bolsa um pedaço de reboco, que pegou na caçamba, e a arma, que ela alega ter retirado de uma gaveta para se defender de um ataque do médico. O homicídio foi praticado com um revólver, com o qual foram disparados três tiros: no rosto, braço e nuca. Um quarto tiro picotou.

Na ocasião, Silvia foi descoberta e confessou o homicídio ao delegado de polícia Luis Fernando Quinteiro. As roupas dela, luvas, touca, sapatilhas, bem como a arma, foram encontradas num terreno ao lado de onde morava. Na fatídica madrugada, o advogado Roldão Valverde conseguiu relaxar a prisão para que a ré aguardasse o julgamento em liberdade.

A motivação para o crime, alegada na época, teria sido ciúme incontrolável de uma nova mulher na vida do médico. Já Silvia alega que era constantemente agredida fisicamente pelo marido, e que foi na casa dele - na ocasião do crime, para conversar, a pedido dele.

Estão ocorrendo grandes debates entre defesa e acusação. O Conselho de Sentença é formado por quatro mulheres e três homens.

A previsão é de que o julgamento termine por volta das 21 horas. 

Redação Abordagem Notícias.