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GERAL • 20/10/2024 às 16:36

Campinas tem maior nº de vítimas de homicídio em sete anos

Município tem 131 mortes de janeiro a outubro.

Campinas tem maior nº de vítimas de homicídio em sete anos

ampinas registrou, de janeiro a outubro de 2017, o maior número de vítimas de homicídio doloso dos últimos 7 anos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Foram 131 pessoas assassinadas no período, o maior índice registrado desde 2011 pela Polícia Civil. Os números refletem as três chacinas ocorridas em janeiro e outubro que, juntas, somaram 21 mortes.

O levantamento se refere aos dez primeiros meses do ano de 2011 a 2017. Os dados referentes aos crimes registrados em novembro serão divulgados em dezembro pela Secretaria.

O número de vítimas de homicídio também subiu 42,3% nos dez meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2016, quando a cidade registrou 92 vítimas. Os registros de assassinato também tiveram alta de 25% e passaram de 113 para 90, já que em algumas situações o homicídio é registrado uma vez, mas tem mais de uma vítima, como é o caso das chacinas.

Dos últimos sete anos, 2016 foi o que teve menor índice de vítimas de homicídio, com 92, seguido de 2015 (108) e 2011 (114). Em 2010, a Polícia Civil do município registrou 138 pessoas assassinadas. Confira no gráfico abaixo todos os números de vítimas de mortes violentas em Campinas desde 2011, sempre considerando o período de janeiro a outubro de cada ano.

Número de vítimas de homicídio doloso em Campinas

Ano Assassinatos
2011 114
2012 122
2013 116
2014 126
2015 108
2016 92
2017 131

Fonte: SSP-SP

O que diz a SSP

Em nota, a SSP diz que está atenta aos índices criminais e combate os crimes contra a vida. "Na cidade de Campinas, por exemplo, o índice é de 7,22 casos de homicídios por 100 mil habitantes, abaixo da média estadual."

A SSP destaca ainda que o trabalho de investigação "levou ao esclarecimento de 75 casos de homicídio na cidade", no primeiro semestre deste ano. "O combate à criminalidade pelas polícias na região resultou na prisão ou apreensão de 3.020 pessoas e na apreensão de 391 armas de janeiro a outubro deste ano."

Sobre os casos das chacinas, o órgão de segurança informa que as investigações seguem em andamento e que "mais informações não podem ser passadas para não atrapalhar o andamento das investigações."

Chacinas

A chacina durante uma festa de réveillon terminou com 12 pessoas assassinadas após Sidnei Ramis de Araujo, de 46 anos, invadir uma casa em Campinas, efetuar os disparos e se matar. O atirador matou o filho, a ex-mulher e outros familiares que comemoram juntos a virada do ano.

Onze pessoas morreram no local e quatro foram atingidas pelos disparos e socorridas. Uma delas morreu no hospital.

A segunda chacina aconteceu no dia 29 de outubro. Quatro jovens com idades entre 16 e 22 anos foram mortos por disparos de armas de fogo no Jardim Satélite Íris, em Campinas. Eles estavam em um baile funk e foram executados a 600m do local da festa. Ninguém foi preso e as armas dos crimes não foram encontradas.

A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de acerto de contas para a motivação das mortes. O caso está sendo investigado pelo 11º Distrito Policial.

Um dia depois, Antonio Ricardo Gallo, de 28 anos, matou cinco pessoas e feriu uma. Quatro das mortes ocorreram no distrito de Sousas, no endereço da família do próprio atirador. O pai, uma irmã e um vizinho do suspeito estão entre os mortos.

Os bombeiros localizaram um quarto corpo, que estava carbonizado dentro da casa no distrito de Sousas, mas ainda não foi identificado -- a polícia trabalha com a hipótese de ser outra irmã do atirador. Gallo chegou a ser perseguido pela Polícia Militar e, então, se matou com um tiro na cabeça.

G1




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