Câmara de Assis homenageia Ranchinho
Rua do Residencial Villa Bela receberá o nome do artista assisense.
O vereador Sargento Valmir Dionizio, atual presidente da Casa de Leis, apresentou na Sessão Ordinária do dia 20, um Projeto de Lei que dispõe sobre a denominação de Rua Sebastião Theodoro Paulino da Silva "Ranchinho" à Rua "I" do residencial Villa Bela. O Projeto foi acolhido pelos demais vereadores e aprovado por unanimidade.
"Ao propor, como designação da Rua “I” do Residencial Villa Bela, com o nome do Senhor Sebastião Theodoro Paulino da Silva "Ranchinho" temos em mente homenagear um grande homem, que muito amou nossa cidade", ressalta o presidente.
Ranchinho nasceu no município de Oscar Bressane/SP em 07 de janeiro de 1923. Pintor e desenhista. Filho de agricultores mudou-se com a família para Assis após a morte do pai, em 1925. Analfabeto e apresentando desvios comportamentais, somente aos 24 anos consegue o primeiro trabalho, auxiliando na produção de garapa. Com a morte do seu patrão e protetor, João Romero, conhecido como João Garapeiro, passa a sobreviver como catador de papéis, latas e garrafas, morando em ranchos abandonados, o que lhe valeu o apelido de Ranchinho.
Foi incentivado pelo escritor José Nazareno Mimessi (1925-1991), fundador do Museu de Arte Primitiva de Assis, a aprender técnicas de guache e acrílica sobre aglomerado de madeira. Realizou várias exposições individuais, entre 1974 e 1976, no Clube Recreativo de Assis; em 1975, no Centro de Artes da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, e em 1981, no SESC Bauru, São Paulo.
Em 1982, expõe ainda na galeria Brasiliana, e, em 1988, na Galeria de Arte Paulo Vasconcelos, em São Paulo. Participou da 12ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1973, e da Bienal Nacional 76, também em São Paulo. Foi premiado na 1ª Exposição de Artes Plásticas de Assis, em 1971; no 1º Salão de Artes Plásticas de Assis, em 1980; na Mostra Nacional de Arte Ingênua e Primitiva, na Galeria de Arte SESC de Piracicaba, em 1987; e na 4ª Bienal Naïfs do Brasil, no SESC Piracicaba, em 1998, participando ainda das edições de 1994, 2000 e 2002 da mesma mostra. Em 1978, tornou-se personagem principal de um filme super-8 realizado por Antônio Carlos L. Belotto.
Na Cidade do México, participou das exposições Pintores Populares y 3 Grabadores de Brasil, no Instituto Nacional de Belas Artes, e Pintura Primitiva do Brasil, no Museu Carrillo Gil, ambas em 1980. Apresenta telas na mostra Gente da Terra e na exposição 10 anos de Paço das Artes em 1980 e 1981, respectivamente, no Paço das Artes, em São Paulo. Na mesma cidade, integrou as Mostras Brasiliana: o homem e a terra, na Pinacoteca do Estado, em 1988; Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal, em 2000; e Pop Brasil: a arte popular e o popular na arte, no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB, em 2002. Apresenta trabalhos em várias mostras de arte ingênua no interior do estado de São Paulo, entre 1978 e 1994.
Ranchinho faleceu no dia 02 de fevereiro de 2003 deixando grande saudade no coração de seus familiares, amigos e de todas as pessoas que tiveram o privilégio conviver com ele.
A nomenclatura de logradouros públicos, que constitui elemento de sinalização urbana, tem por finalidade precípua a orientação da população. E de acordo com a Lei Orgânica em seu Art. 12. cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, não exigida esta para o especificado no art. 12, dispor sobre todas as matérias de competência do Município e especialmente sobre: IX - autorizar a denominação de próprios, vias e logradouros públicos.
Uma de suas tantas obras, retratando o Seminário de Assis.
Câmara Municipal.
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