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LOCAL • 20/10/2024 às 16:33

Decisão da Justiça Federal provoca reviravolta no caso Malta

Os irmãos Schincariol foram presos e o caso ganhou repercussão nacional.

Decisão  da Justiça Federal provoca reviravolta no caso Malta

Uma decisão proferida recentemente pela Juíza Federal Adriana Galvão Starr gerou uma verdadeira reviravolta no caso da Cervejaria Malta, estabelecida em Assis, com a rejeição da denúncia efetuada pelo Ministério Público Federal contra empresários assisenses que eram acusados pelos crimes  de falsidade ideológica, fraude processual e organização criminosa.

No ano passado, os empresários Fernando Machado Schincariol, Caetano Schincariol Filho, Mauro Henrique Alves Pereira, Edson De Lima Fiúza juntamente com Roberta Silva Chacon Pereira e  Marcos Oldack Silva, foram acusados pelo Ministério Público Federal  pela prática dos  crimes de falsidade ideológica, fraude processual e organização criminosa com a intenção de sonegar impostos.

Na ocasião, por decisão do Juiz Federal que atuou junto ao caso, foram determinadas uma série de atos ao longo das investigações  tais como busca e apreensão na residência dos acusados e a prisão dos envolvidos.

Posteriormente, o Tribunal Federal da Terceira Região decretou o impedimento e afastamento desse juiz para atuar no caso.

Com a designação de uma nova juíza, analisadas as defesas, entendeu a magistrada que os fatos narrados na denúncia, não sustentam a acusação que foi realizada contra os acusados.

“ (...) partilho do entendimento de que o mero reconhecimento de grupo econômico para fins trabalhistas (ou mesmo fiscais), NÃO IMPLICA O RECONHECIMENTO DE  ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA OU OCULTAÇÃO DE PATRIMÔNIO.” (pág. 3602 do processo)

(...) tais fatos não parecem guardar qualquer relação com o crime de organização criminosa, tampouco com a suposta intenção de agir para ocultar bens e valores da Cervejaria Malta.” (...) (pág. 3603)

 

“(...) Diante do Exposto, reconsidero a decisão de fls. 2671/2675 e rejeito a denúncia por considera-la inepta. (pág. 3603)

 

“Nunca deixei de acreditar que a justiça seria feita”, desabafou um dos acusados, segundo o qual a decisão consubstancia num verdadeiro ato de justiça, revelando a lisura, independência e responsabilidade com que atua o Tribunal  Regional Federal da Terceira Região.

À época da prisão, a Cervejaria Malta informou que a empresa e seus administradores repudiavam veementemente as acusações que lhe foram imputadas e reiterou que não havia qualquer organização criminosa ou quadrilha em atuação na empresa.

Na oportunidade das prisões, que ganhou repercussão nacional,  a população assisense manifestou-se maciçamente nas redes sociais contra a prisão das referidas pessoas, todas bastante conhecidas e tradicionais no município. 

A decisão ainda comporta recurso.

 

A foto é do site G1




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