Ibirarema: Mulher que matou marido é condenada, mas vai responder em liberdade
Em 2011, Adriana deu três facadas no peito de Paulo.
Na última quinta-feira, 21, foi julgada no Fórum da Comarca de Palmital a ré Adriana Virgílio, que matou o companheiro Paulo Sérgio de Andrade, em Ibirarema, no dia 20 de dezembro de 2011, com três facadas no peito.
Depois de três horas de debates entre defesa e acusação, o juiz deu o veredicto, sendo a mulher condenada a 4 anos de prisão, em inicialmente regime aberto.
A acusação pediu pela condenação, com o afastamento de todas as teses defensivas: de legítima defesa e de violenta emoção. Por 4 x 3 votos foi acolhida pelo Corpo de Sentença a tese da violenta emoção.
Consta na denúncia que, na data dos fatos, Paulo estava na casa de Carlos Roberto Oliveira, vulgo “bexiga”, quando Adriana compareceu ao local, já alterada, dizendo para o homem ir embora, pois, do contrário, iria matá-lo. Ainda de acordo com a acusação, após saírem do local Adriana passou a discutir com o amásio, chamando-o de “corno”, momento, em que ele desferiu um tapa no rosto dela.
Ato contínuo, a mulher sacou uma faca que estava escondida nas costas e desferiu três golpes no peito de Paulo, causando sua morte. A denúncia foi recebida em 16 de setembro de 2014.
Já a defesa alegou que Adriana não suportava mais as constantes agressões do marido e humilhações as quais era submetida.
Com três filhos pequenos, e um marido que não gostava de trabalhar, a mulher sustentava a casa com empregos que conseguia em usinas como trabalhadora rural, mas sempre tinha de voltar para casa, pois o homem lhe xingava de vagabunda, perto das crianças, dizendo que tinha ido à roça não para trabalhar, mas sim, “biscatear”.
Quando se apresentou à polícia, dois dias após o ocorrido, a ré declarou que na fatídica data o homem havia bebido e prometido que ela não passaria daquela noite. Ele deu um tapa no rosto dela e lhe jogou contra a cerca da casa. Muito nervosa, e cansada da violência, Adriana foi até a cozinha, pegou uma faca pequena e tentou se defender, quando o homem partiu para cima dela.
A mulher contratou o advogado Alexandre Pinheiro Valverde para defendê-la. Por ter passado o estado flagrancial e confessado o crime espontaneamente, a autora do homicídio foi liberada para responder em liberdade, estado em que continua agora que foi julgada.
A acusação foi feita pelo promotor Rogério Pinheiro Pagani; a defesa, por Alexandre Pinheiro Valverde, que teve a assistência de
Thiago Fonseca Soares Mega e Silvana Nunes Felício da Cunha
O júri foi presidido pelo juiz Victor Garms Gonçalves.
Redação Abordagem Notícias
Foto Divulgação.
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