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OSSIRES MAIA
ARTIGO • 15/10/2024 às 17:59

O direito de um desabafo

Alcindo Garcia

O direito de um desabafo

Estou escrevendo este artigo ao som do buzinaço de carros nas imediações da Paulista. A revolta do povo continuou noite à dentro contra os que imaginam que são donos do poder. Mudei eu ou mudaram os políticos? Uma pergunta que para ser respondida é necessário recuar no tempo e na história. Uma retrospectiva que poderá mostrar às novas gerações como os políticos eram honrados. Uma história que precisa ser contada com certo orgulho, lembrando nossa infância, quando os políticos visitavam as nossas comunidades. Era uma festa que mobilizava os alunos a participarem de tão extraordinária recepção. Empunhávamos bandeirinhas ao longo das calçadas para recepcionar visitantes tão ilustres e honestos aos nossos olhos de criança.

Eles caminhavam pelas ruas distribuindo sorrisos e acenando para o povo. Para o nosso orgulho, víamos deputados, governadores e até presidentes como verdadeiros heróis. Meu pai dizia que os políticos do seu tempo eram homens de palavra. Mesmo se alguns praticaram pequenos deslizes, a maioria era formada de pessoas íntegras, honestas. Cumprimentavam sobriamente, sorriam com discrição, pois ainda não existia demagogia barata. Foram líderes que marcaram sua época.

Hoje os políticos mudaram e eu mudei meu conceito em relação a eles. Mentem na televisão. Mesmo sem generalizar, para não cometer injustiças contra exceções honrosas que ainda existe, essa classe política que está no noticiário da TV todas as noites provoca repugnância. Dá nojo. O pior é que o vírus da demagogia barata está incutido na legenda de um partido corrupto. A discrição do passado deu lugar a essa farsa ridícula, através de lei, conseguir um horário político na televisão, para mentir, prometer, escondendo um projeto político de permanência no poder. Um projeto político corrupto que está fazendo nossa imagem ser denegrida até no exterior. Jornais dos Estados Unidos, França, Inglaterra e Alemanha noticiam diariamente a podridão em que levaram nosso país.

Há trinta anos na imprensa, não escondo a minha indignação. Esses representantes da classe política que aparecem na televisão todas as noites eu os abomino. Como abomino ladrões, salteadores e chefes de quadrilhas que tomaram de assalto nosso país, como se fossem donos do poder. Roubaram, enriqueceram-se, tiraram o dinheiro para a saúde dos pobres e não abandonam o poder.

 Cadeia em nosso país virou cubículo apenas para ladrões pé-de-chinelo. 




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