Abordagem Notícias
SANTA CASA
GERAL • 27/07/2017

Paraguaçuense Ademir Bendine é preso pela Lava Jato nesta quinta-feira

Segundo os delatores, ele já cobrava propina no Banco do Brasil, e continuou cobrando na Petrobras.

Paraguaçuense Ademir Bendine é preso pela Lava Jato nesta quinta-feira

Nascido em Paraguaçu Paulista, Aldemir Bendine – ou "Dida" para os amigos mais antigos, foi preso aos 53 anos de idade, nesta manhã de quinta-feia, 27 de julho. Ele foi funcionário de carreira do Banco do Brasil, onde ingressou em 1978 como menor aprendiz, passou pela Diretoria de Cartões, Varejo e Novos Negócios, mas foi bem mais longe. Foi presidente do banco do Brasil e também da Petrobrás. 

Antes de presidente do Banco do Brasil e da Petrobras chegou a ser considerado pela revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009, ficando na 32ª posição do ranking.Também foi considerado o 11º mais poderoso do Brasil pelo iG no ano de 2013  e Empreendedor do Ano nas Finanças pela Revista Isto É Dinheiro em dezembro de 2013. Foi em 2013 que Bendine esteve em Paraguaçu Paulista, sua terra natal, pela última vez.

Aldemir Bendine foi preso na 42ª fase da Operação Lava Jato deflagrada pela Polícia Federal (PF) no Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Bendine foi detido em Sorocaba. O publicitário André Gustavo Vieira da Silva, que é representante de Bendine, e Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior também foram presos.

A atual fase foi batizada de Cobra e cumpre três mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão. A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo ou convertida para preventiva, que é quando o investigado não tem prazo para deixar a prisão.

Segundo depoimento de delação feito por Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, Bendine solicitou e recebeu R$ 3 milhões para auxiliar a empreiteira em negócios com a Petrobras. Conforme os delatores, o dinheiro foi pago em espécie através de um intermediário.

A nova fase também mira operadores financeiros suspeitos de operacionalizarem o recebimento dos R$ 3 milhões. Aparentemente, de acordo com a PF, estes pagamentos somente foram interrompidos com a prisão de Marcelo Odebrecht.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há evidências indicando que, numa primeira oportunidade, um pedido de propina no valor de R$ 17 milhões foi realizado por Aldemir Bedine à época em que era presidente do Banco do Brasil, para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht AgroIndustrial.

"Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, executivos da Odebrecht que celebraram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, teriam negado o pedido de solicitação de propina porque entenderam que Bendine não tinha capacidade de influenciar no contrato de financiamento do Banco do Brasil", disseram os procuradores.

Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

A fase anterior da Operação da Lava Jato, batizada de Poço Seco tinha ocorrido em maio.

Investigações

Em 2015, Bendine era braço direito da então presidente Dilma Rousseff. E deixou o banco com a missão de acabar com a corrupção na petroleira, alvo da Lava Jato. Mas, segundo os delatores, ele já cobrava propina no Banco do Brasil, e continuou cobrando na Petrobras.

O pedido de propina, segundo os delatores, foi feito em 2014, quando Aldemir Bendine era presidente do Banco do Brasil. Na delação de Fernando Reis, o ex-executivo da Odebrecht conta que foi procurado pelo publicitário André Gustavo Vieira da Silva com uma queixa sobre o ministro da Fazenda Guido Mantega.

Em junho deste ano, o juiz Sérgio Moro, que é responsável pelos processos da Lava Jato, autorizou abertura de inquérito para investigar Bendine.

Fonte - G-1 do Paraná.




lena pilates
Pharmacia Antiga