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SANTA CASA
LOCAL • 15/04/2016

Projeto de Lei ataca democracia na gestão de fundos de pensão

Mais uma ameaça aos direitos dos trabalhadores se desenha no Congresso Naciona

Projeto de Lei ataca democracia na gestão de fundos de pensão

Mais uma ameaça aos direitos dos trabalhadores se desenha no Congresso Nacional. No dia 6 de abril, o Senado aprovou um substitutivo do senador Aécio Neves (PSDB/MG), o PLS 388/2015, que dificulta a representação dos trabalhadores nos fundos de pensão das estatais.

O PLS 388/2015 prevê que os integrantes das diretorias executivas de fundos de pensão sejam escolhidos “em processo seletivo público conduzido por empresas especializadas”. E inclui nos conselhos deliberativo e fiscal dos fundos um terceiro grupo formado por “conselheiros  independentes”, que também seriam escolhidos por meio de processo seletivo público, e que teriam paridade, em número e influência, em relação aos conselheiros eleitos pelos trabalhadores participantes e aos indicados pela empresa pública patrocinadora do fundo.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Assis e região, Helio Paiva Matos, os trabalhadores perderão representatividade. “Tanto na Previ quanto na Funcef [fundo de pensão dos empregados da Caixa], os participantes elegem metade da diretoria e metade dos conselheiros. Se o projeto passar, eles perdem o direito de eleger qualquer membro da diretoria e passarão a escolher apenas um terço dos conselheiros.”

O PLS pretende colocar nas mãos de terceiros a gestão de recursos que são dos trabalhadores. “Vai colocar esses recursos nas mãos de pessoas que não têm nada a ver com o fundo, nas mãos de técnicos do mercado?”, questiona.

O substitutivo de Aécio é uma junção do projeto do senador Paulo Bauer (PSDB-SC) e do PLS 78/2015, do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que tramitavam em conjunto e em regime de urgência. O texto altera a Lei Complementar nº 108, de 29 de maio de 2001, para estabelecer regras de governança das entidades fechadas de previdência complementar vinculadas à  União, estados, Distrito Federal e municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas. Aprovado pelo Senado, ele segue agora para a  Câmara.




lena pilates
Pharmacia Antiga