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CULTURA • 15/04/2016

Caso 'suspeito' de zika vírus é registrado em Palmital

Secretaria de Saúde atendeu paciente, uma mulher de 60 anos, que teria sido contaminada em viagem

Caso 'suspeito' de zika vírus é registrado em Palmital

Um caso suspeito de zika fez órgãos municipais de saúde de Palmital intensificar os trabalhos de combate ao Aedes Aegypti, que também transmite a dengue e a febre chikungunya. A ocorrência, a partir do atendimento na semana passada a uma mulher de 60 anos com sintomas da enfermidade (não apresentou maiores complicações), é considerada importada pelo fato de a pessoa ter viajado para áreas de incidência da doença. A equipe de Controle de Endemias realizou bloqueio a criadouros do mosquito e nebulização com inseticida na região próxima da residência da paciente, como forma evitar uma eventual proliferação do vírus.
Segundo informações da Secretaria de Saúde, a paciente foi atendida no Pronto-Socorro Municipal na segunda-feira da semana passada (4 de abril) com um quadro de febre, vermelhidão na pele e dores pelo corpo, indicando sintomas da infecção causada pelo zika vírus. A mulher recebeu atendimento e foi registrada a notificado de suspeita para a doença, para qual houve a coleta de exame de sangue que foi encaminhado ao Instituto Adolf Lutz de São Paulo. O órgão municipal aguarda o laudo que possa para confirmar ou descartar a ocorrência, mas ainda não há prazo definido para que isso aconteça.
A Secretaria de Saúde informou também que está classificando a ocorrência como um eventual caso “importado”, pois a paciente teria viajado para São Paulo e para o Mato Grosso do Sul nas últimas semanas, estando em áreas em que há a ocorrência da doença. A mulher, segundo informações o órgão da Prefeitura de Palmital, se recupera bem e não apresentou nenhuma complicação. Após a notificação, a equipe de Controle de Endemias foi acionada na semana passada para fazer o bloqueio de criadouros do Aedes aegypti na região de residência da paciente, em trecho que compreende quadras do centro, da Vila Zanetti e do bairro Afonso Negrão. Na segunda-feira e ontem, os agentes fizeram a nebulização com inseticida em residência e imóveis de nove quadras, com o objetivo de eliminar o inseto alado, reduzindo os riscos de transmissão da doença. 
MENOR RISCO – A enfermeira Sandra Thomé, coordenadora da Vigilância Epidemiológica Municipal, destacou que a zika causa uma infecção menos perigosa, tendo um quadro de sintomas mais leves, e dificilmente causa complicações que comprometam a saúde do paciente. “É menos agressiva que a dengue, que pode causar a morte da pessoa”, explicou. Porém, lembrou que principal fator de complicação do vírus está ligado à sua contaminação de gestantes, pois há estudos no que apontam a incidência da doença como causadora de milhares de casos de microcefalia no país, causando malformações em crianças que nascem com a cabeça e o cérebro de dimensões reduzidos. 
Segundo Sandra, o mais importante é que a população mantenha a rotina de evitar a proliferação do mosquito transmissor das doenças para prevenir uma nova epidemia de dengue, que fez cerca de 600 vítimas e causou uma morte em Palmital no ano passado. De acordo com a enfermeira, o trabalho atual de prevenção ao Aedes aegypti tem tido bons resultados, pois houve a confirmação de apenas seis casos da doença no município desde o início deste ano, mesmo com um total de 70 notificações de suspeitas.

Trabalho preventivo reduz a infestação do mosquito transmissor
Uma das estratégias do plano desenvolvido pela Prefeitura de Palmital para o enfrentamento da dengue é a manutenção de uma intensa rotina de prevenção e de informações à população para evitar criadouros sejam mantidos em imóveis, terrenos, quintais e residências. Além das atividades diárias desenvolvidas pela Secretaria de Saúde, pela Vigilância Epidemiológica e pela equipe de Controle de Endemias, o município também aderiu à campanha “Todos Juntos Contra o Aedes Aegypti”, do governo do Estado, que possibilita a manutenção de uma equipe de 33 agentes aos sábados, até o final de abril, para visitas domiciliares e a aplicação de larvicida em locais que acumulem água. 
As ações até o momento, segundo a Prefeitura, estão contribuindo para a redução da infestação do mosquito e para o pequeno número de casos da dengue até o momento. De acordo com dados do setor de Controle de Endemias, no mês de março havia um índice de Breteau de 1,84 na cidade. O resultado representa a Avaliação de Densidade Larvária (ADL) e significa que, a cada 100 edificações, 1,84 imóveis apresentavam focos do mosquito. O Ministério da Saúde admite como satisfatório quando esse índice é menor que 1,0 - de 1 a 3,9, a situação é de alerta e, superior a 4, há risco de surto de dengue.
Segundo o órgão municipal, as equipes de visitação apuraram que o índice chegou a 4,0 na avaliação feita em 12 de março. Posteriormente, houve ações de reforço no bloqueio de criadouros e dos trabalhos aos sábados.  Na primeira semana de abril, o volume de infestação caiu para 1,77 e, nos trabalhos realizados no último sábado (9 de abril), o índice caiu para apenas 0,3, que é um patamar considerado bom, mas que pode ser reduzido ainda mais caso as medidas preventivas sejam mantidas. 
Arlete Manfio, supervisora da equipe de Controle de Endemias, destacou que as regiões da cidade que apresentaram os maiores índices de infestação foram o bairro Paraná e a área entre a Vila Volga e o Jardim das Oliveiras. “Mas o trabalho realizado nestas localidades resultou na redução da infestação”, avaliou. Ela disse ainda que os agentes realizam ações para visitar imóveis fechados durante os períodos normais de trabalho, reduzindo as pendências, e para atender a ocorrências em casos de negligência de proprietários de imóveis.

Fonte e fotos = Jornal da Comarca (Palmital)





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