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LOCAL • 20/05/2017

Jovem que aguardava tratamento contra o câncer não resiste

A espera pelo início do tratamento revolta amigos

Jovem que aguardava tratamento contra o câncer não resiste

Está sendo velada no Centro Funerário São Vicente Prever, Gabriela Camargo, de apenas 21 anos, que estava internada no Hospital Regional de Assis para tramento de câncer diagnosticado durante uma cirurgia na Santa Casa de Assis. O velório tem previsão de encerramento às 11 horas, pois o sepultamento será em Santa Catarina.

A jovem, que sofria de fortes dores abdominais, tinha um tumor que quase chegava a um quilo. Na intervenção cirurgica foi necessário retirar o ovário, apêndice e trompa. A biópsia deu como resultado neoplasia maligna com metástase no véu intestinal.

A alta hospitalar se deu no dia seguinte à operação, contudo o material precisava ser enviado para nova análise, e foi encaminhado à Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP). O tratamento só poderia ser iniciado depois deste segundo  exame, denominado imuno-histoquímico. Pela demora toda dos trâmites, não houve tempo de Gabriela ser tratada. 

Ela morreu na madrugada de hoje, 20 de maio, no Hospital Regional de Assis. Nas redes sociais, pessoas que se solidarizavam com a doença da moça criticam acirradamente a demora para o tratamento dela ser iniciado. 

Revoltado com a morte da esposa, Guilherme Ferreira disse que iria “lutar até o fim para destruir esse sistema de saúde falido”. Assim que acompanhar o velório e sepultamento, que acontecerão na cidade de Brusque, em Santa Catarina, ele voltará para Assis e pretende procurar a Justiça.

DRAMA – Guilherme Ferreira revelou o drama enfrentado pela família no programa “Acorda Assis”, na rádio Interativa, na manhã de sexta-feira, dia 19 de maio. Revoltado por não conseguir que sua esposa receba o atendimento especializado em oncologia no Hospital Regional de Assis, apesar de a unidade hospitalar ainda oferecer o serviço, ele decidiu procurar a Justiça. “Isso é revoltante. A cidade perder a Unidade de Oncologia e ninguém fazer nada. Vou até o fim nessa luta”, disse Guilherme, que já teve uma audiência na Promotoria de Justiça.

No entanto, sua preocupação maior essa semana foi aguardar uma cirurgia que sua esposa seria submetida no Hospital Regional. O procedimento estava agendado para a tarde de quinta-feira, mas o médico Milton Burlim Júnior decidiu adiar em razão de complicações notadas no quadro clínico da paciente. “Acho que ela será operada na segunda-feira”, prevê o esposo de Gabriela de Camargo, que foi removida para a Unidade de Terapia Intesiva do Regional.

Guilherme contou o drama enfrentado pela esposa ao repórter Reinaldo Nunes: “Descobrimos a doença há cerca de dois meses. Com dores, ela estava na Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Aeroporto e precisou ser levada, às pressas, para a Santa Casa de Misericórdia”, contou. “Inicialmente, pensamos que se tratava de cálculo renal (pedra nos rins), contou

Após ser submetida a intervenção cirúrgica suspeitando que fosse uma apendicite, foi descoberto um tumor que, após análise num laboratório, foi confirmado ser um tumor maligno. “Descobriram um tumor com aproximadamente 20 centímetros”, disse.

Internada no Hospital Regional após confirmar a doença, Gabriela recebia 20 miligramas de morfina, de três em três horas, juntamente com dipirona e outros remédios para náusea.

Revoltado com o fato de o Hospital Regional ter sido descredenciada pelo Ministério da Saúde para manter a Unidade de Oncologia, Guilherme Ferreira tentou o atendimento na cidade de Jaú. “Lá, informar que Assis deveria receber por ainda ser credenciada”, teriam justificado.

Em Assis, ao procurar a direção do Hospital Regional, Guilherme foi informado que só seriam mantidos os tratamentos já iniciados até o mês de dezembro. Os novos casos devem ser atendidos em outras unidades de oncologia.

Ourinhos, apesar de ter sido credenciada, numa manobra política do deputado federal Capitão Augusto, ainda não está atendendo os novos pacientes com câncer.

Guilherme chegou a conseguir que a esposa recebesse tratamento em Marília, mas ela só poderia ser transferida após passar pela cirurgia no Hospital Regional. Infelizmente não houve tempo de salvar a vida de uma garota tão jovem e cheia de planos.

 

 

 


Após parentes e amigos se despedirem da Gabriela, o corpo será transladado para Brusque-SC, para velório e sepultamento.

 

 




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