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SANTA CASA
LOCAL • 11/05/2017

Câmara Municipal lota durante palestra com ex-ministro da Previdência

Para Gabas, a Reforma da Previdência é um ‘pacote de maldades’ do atual presidente.

Câmara Municipal lota durante palestra com ex-ministro da Previdência

Foi realizada na terça-feira à noite, 9 de maio, na Câmara Municipal de Assis, a palestra com o ex-ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, que é funcionário de carreira do INSS há 30 anos. O recinto ficou lotado, com projeção em telão na parte externa para aqueles que não conseguiram adentrar. O tema abordado foi a Reforma da Previdência, que em sua visão, é um ‘pacote de maldades’ do atual governo.

Gabas disse que concorda com a necessidade de atualização das regras da Previdência Social, mas critica a proposta do governo Temer na forma e no conteúdo. "Na forma, porque mandam um pacote de maldades sem discutir com a sociedade", afirma, referindo-se à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, encaminhada ao Congresso, onde já teve parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça.

E no conteúdo porque não existe um "descontrole" de despesa. "O que há é uma queda brutal de arrecadação. Você não pode, por um problema de arrecadação, tirar direitos. Gabas observa que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional divulgou ano passado um relatório destacando R$ 1,8 trilhão em dívidas a serem cobradas. "Um número até pequeno de contribuintes, cerca de 13 mil, entre empresas e pessoas físicas. Não se fez nenhum esforço até agora para cobrar esse dinheiro, e por um outro lado você está tratando de retirar direitos, que é uma medida permanente que afeta especialmente o trabalhador mais pobre", afirma o ex-ministro.

“Mais de dois terços do conjunto de benefícios, cerca de 34 milhões, é de um salário mínimo”, observa. Assim, o governo elabora medidas que, na visão de Gabas, contempla o ponto de vista econômico, com matriz na Fazenda – que, conta, sempre pressionou por reformas –, prejudicando trabalhadores de menor renda. Para ele, por meio do diálogo, sem imposição ou "toque de caixa", era possível encontrar alternativas de financiamento, preservando direitos.

Gabas finalizou dizendo que os movimentos sociais devem pressionar os parlamentares de suas regiões para votarem contra a Reforma da Previdência. “Acredito que a união dessas entidades, além de discutir o assunto, é agora pressionar os deputados eleitos em cada região para que votem contra. Para mim esse projeto deveria ser retirado, e discutido amplamente com a sociedade e não ser aprovado no atropelo. Corremos o risco de uma convulsão social se esse absurdo passar”.

O evento teve a presença de vereadores e do prefeito municipal José Fernandes. A iniciativa é do Grupo Cidadania, Sincomerciários, Sindicato dos Bancários, Apeoesp, Servidores do Judiciário de Assis e Região, Adunesp, Sindicato dos Servidores Municipais de Assis, Sintunesp, Sindicato dos trabalhadores Rurais de Assis, OAB-Assis, Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Assis, Sindicato dos Investigadores de Polícia de Assis, Sindicato Rural de Cândido Mota e Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Cândido Mota.

 

Ello Assessoria de Imprensa




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