Visita técnica descredenciou oncologia do Hospital Regional de Assis
oi constatado que o HR não tinha condições mínimas de prosseguir credenciado como Unacon
Uma visita técnica realizada pelo Ministério da Saúde no dia 18 de agosto do ano passado para examinar se o Hospital Regional de Assis possuía condições de continuar credenciado para o atendimento de Alta Complexidade em Oncologia –Unacom.
O documento, assinado pela consultora técnica Carla Toledo Reis e pelo coordenador do Serviço de Atenção à Saúde, do MS, Sandro José Martins e pela diretora do órgão Maria Inez Pordeus Gadelha, é claro ao afirmar que após a visita técnica foi constatado que o Hospital Regional não tinha condições mínimas de prosseguir credenciado como Unacom.
O relatório afirma que o HRA possui uma estrutura física considerada velha, pois trata-se de um prédio antigo.
Além disso, durante a visita, os técnicos receberam a informação de que o hospital possuía 145 leitos, mas ao contrário disso, junto ao CNES, constam que o hospital possui apenas 136 leitos, ou seja, teriam sido repassadas informações erradas aos visitantes.
O relatório ainda destaca o fato do HRA de possuir Pronto Atendimento, já que o local onde deveria ser realizado este serviço não possui consultório e nem sala de medicação, mas simplesmente uma sala de emergência.
Na ala ambulatorial, os responsáveis pela visita técnica foram informados que o HRA possui nove consultórios em funcionamento. Porém, no dia da visita foi constatado que não havia nenhum paciente esperando atendimento e no local havia um comunicado informando que os atendimentos não estavam sendo realizados.
Foi constatado ainda que o HRA não possui serviço de Cuidados Paliativos e nem mesmo possui laboratório de Anatomia Patologica.
Quanto ao centro cirúrgico, durante a visita técnica foi constatado que o HRA possui quatro salas cirúrgicas e uma sala obstétrica. Porém, cita o documento que no dia da visita não havia nenhum paciente internado na ala cirúrgica de oncologia.
Na ala de enfermaria, foi constatado que o HRA na clinica médica possui 27 leitos e na clinica cirúrgica possui 30 leitos. Porém, no dia da visita técnica nenhum paciente da oncologia estava internado.
Em sua conclusão final, o relatório da visita técnica afirma que o Hospital Regional de Assis não tem condições de continuar habilitado na alta complexidade para o atendimento aos pacientes com câncer devido a estrutura física assistencial não oferecer os serviços essenciais para este tipo de atendimento, portanto apresenta uma série de pendencias, que impossibilitam a reabilitação do HRA como Unacom, entre elas a ausência de im Pronto Atendimento, a ausência de atendimento ambulatorial, a não possibilidade de se comprovar a presença de uma equipe multidisciplinar, ausência do laboratório de patologia, ausência de áreas especificas para manipulação de medicamentos antineoplásicos, além do que, afirma o relatório que não foi possível comprovar se o HRA vinha mantendo atendimento integral aos pacientes oncológicos, já que no dia da visita, nenhum paciente estava no hospital.
As visitas técnicas em nossa região foram realizadas entre os dias 15 e 19 de agosto do ano passado, sendo que além do Hospital Regional de Assis, o Hospital São Francisco de Assis, localizado em Tupã também foi considerado não possuir condições de continuar credenciado para atender na área oncológica.
Já as visitas técnicas consideraram que a Santa Casa e o Complexo do Hospital das Clinicas de Marília possuem condições de prosseguirem com os atendimentos.
A Santa Casa de Ourinhos teve as suas instalações bastante elogiadas durante a visita técnica, que sugeriu que a mesma fosse habilitada como Uncacom.
Texto Nelinho Moraes
Fotos Abordagem Notícias
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