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REGIÃO • 10/03/2017

Após troca de corpos em necrotério, família enterra bebê em Echaporã

Menina foi enterrada por engano por família de Campos Novos Paulista.

Após troca de corpos em necrotério, família enterra bebê em Echaporã

O corpo da recém-nascida Alice Cristina Botelho foi enterrado na tarde de quinta-feira (9) em Echaporã (SP) depois da confusão no necrotério do Hospital das Clínicas de Marília, que trocou os corpos de duas bebês. No sábado (4), a menina foi enterrada por engano em Campos Novos Paulista pela família de Lorrany Mirela Almeida Fernandes, que estava internada há 38 dias, mas morreu no mesmo dia. 

A Polícia Civil de Marília investiga de quem é a responsabilidade pela liberação errada pelo corpo de Alice. O hospital afirma que a confusão foi feita pelo agente funerário e que fará uma sindicância para apurar o fato. Já o agente Luís Eduardo Amaral diz que o hospital entregou a criança e uma cópia do óbito para ele levar para Campos Novos para ser enterrada. 

Ao perceber que havia feito a troca dos bebês, o Hospital das Clínicas pediu para que o corpo enterrado em Campos Novos Paulista fosse exumado e levado para Marília, segundo a responsável pelo cemitério Haída Belda Luz. Sem que a família fosse avisada, o coveiro, acompanhado do agente funerário, exumaram o corpo e levaram de volta para o hospital. 

Haída diz que foi um pedido do próprio hospital. "Eles me ligaram perguntando se tinha uma criança sepultada no sábado. Eu falei que sim e eles falaram que estava errado. Essa criança é de Echaporã e a de vocês está aqui, vai ter que trocar. Eu falei que o erro foi deles e eles falaram para não avisar a família." 

O agente funerário Luís Eduardo Amaral contou que também foi acionado pelo hospital para fazer a troca das crianças. "O hospital me ligou falando que as crianças estavam trocadas. Pediu para que eu viesse até Campos Novos, retirasse a criança daqui e levasse para o Hospital das Clínicas." 

A Polícia Civil de Campos Novos Paulista que também está no caso investiga o crime de violação de sepultura. O objetivo é saber de quem partiu a ordem para exumar o corpo e se havia autorização legal para isso. 

Troca dos bebês 

Durante todo esse tempo a família da Alice, enterrada por engano em Campos Novos Paulista, cobrava do hospital a liberação do corpo. Segundo o irmão da bebê, Flávio Augusto Botelho, eles recebiam como resposta apenas informações desencontradas. "Eles falaram que tinham trocado documento, depois que o corpo não estava lá, que ainda ia chegar. Agora que a gente está entendendo o que aconteceu." 

A família de Lorrany Mirela Almeida Fernandes, que nasceu com malformação, já havia realizado o velório e sepultamento de outra criança há quatro dias, mas, por causa da confusão, os pais realizaram o enterro da filha "pela segunda vez" na noite de quarta-feira (8) no cemitério municipal de Campos Novos Paulista. "É uma dor duas vezes, porque é uma dor de uma criança falecida, que eu já velei e agora minha filha mesmo. Está doendo mais ainda", diz a mãe da menina, Cristiane de Almeida. 

Lorrany ficou internada por 38 dias no Hospital das Clínicas. Como os pais conviveram com ela perceberam que havia algo errado quando viram o corpo da criança, mas não reclamaram. "Na hora, quando chegou, eu percebi que não era minha filha. Mas eles falaram que era normal, que ela perdia muito líquido. Eu pedi para ver a cirurgia da menina, mas não deixaram", lembra o lavrador Olírio Fernando do Carmo Rocha Fernandes. Durante este primeiro enterro, o corpo de Lorrayne continuava no hospital em Marília. 

Fonte G-1
 




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