Facções tumultuam penitenciária de Venceslau e presos são transferidos para Florínea
Teve de haver remanejamento dos presos de Florínea para Paraguaçu para receber novos detentos.
A tensão entre presos do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do CV (Comando Vermelho) gerou tumulto na noite de quarta-feira, 01, na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau-SP, obrigando o grupo de elite da SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária) a invadir a prisão e atirar bombas de gás. Todos os presos foram remanejados de Florínea, localizada na rodovia Miguel Jubran, Km 438, s/n - Zona Rural, para poder receber os integrantes das facções.
Ontem havia boato do fechamento da Penitenciária de Florínea, mas o que houve foi a transferência de condenados e comboios chegando com os presos de Venceslau.
Segundo apurado, criminosos do PCC quebraram objetos dentro da cela, como camas. O GIR (Grupo de Intervenção Rápida) da SAP foi enviado para assumir o controle da situação, utilizou bombas e iniciou uma revista dentro da unidade.
A SAP confirma o tumulto, mas não dá mais detalhes. "A unidade opera normalmente, dentro dos padrões de segurança e disciplina", afirmou a secretaria, em nota.
A reportagem apurou que tão logo o tumulto começou, o governo estadual pretendia transferir 97 detentos ligados ao Comando Vermelho para outra prisão no interior do Estado, e chegou-se ao consenso de que deveria ser Florínea. Para isso, os detentos que estavam na unidade deveriam ser transferidos antes. Foram levados cerca de 135 detentos de Florínea para a Penitenciária de Paraguaçu Paulista, para dar espaço aos outros.
O objetivo da transferência dos detentos do Comando Vermelho é evitar que haja incidentes relacionados às guerras entre facções criminosas, que deixaram mais de 130 detentos mortos pelo país. PCC e CV brigam pelo domínio do tráfico de drogas.
Fugas
O tumulto em Presidente Venceslau não foi o primeiro neste ano no Estado. No último dia 24, 152 fugiram no CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Bauru, no interior do Estado.
Fugas em massa em prisões em São Paulo já resultaram, em quatro meses, num saldo de ao menos 704 presos foragidos temporariamente, o equivalente à lotação máxima de unidade prisional inteira.
A maioria dos presos acabou sendo recapturada pela Polícia Militar. No entanto, as fugas foram suficientes para causar pânico nas cidades em que ocorreram os casos.
Informações de folhape.com.br com acréscimo da redação Abordagem Notícias.
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