Combate à sonegação é suficiente para cobrir gastos com Previdência
A análise é do presidente do Sindicato dos Bancários de Assis.
A evasão somada à sonegação fiscal de empresas brasileiras chega a 27% do total que o setor privado deveria pagar em impostos no Brasil, o equivalente a cerca de R$ 500 bilhões. O alerta faz parte do informe anual da Organização das Nações Unidas (ONU) que destaca que o fenômeno presente em toda a América Latina impede que governos tenham acesso a recursos que poderiam ser usados para financiar serviços públicos.
Na avaliação do Sindicato dos Bancários de Assis e Região, existe ainda outras fontes de receitas que somadas à sonegação poderiam contribuir muito para o financiamento da seguridade social, ou seja, a desoneração de alguns setores da atividade comercial e industrial, o segmento do agronegócio exportador que goza da imunidade do recolhimento da previdência social e o próprio governo que também não contribui com sua parte nas arrecadações do PIS, Cofins e CSLL.
De acordo com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) os principais motivos para a sonegação fiscal no Brasil ser tão elevada estão nas leis flexíveis e na ausência de investimentos no combate ao problema. Os impostos mais sonegados no país são o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), o Imposto de Renda e as contribuições previdenciárias que, se arrecadados, poderiam ser destinados à Previdência Social, por exemplo.
Em 2015, a sonegação chegou a R$ 500 bilhões, o equivalente a 5 vezes o orçamento da Saúde ou todo o orçamento da Previdência Social. “Em um momento que se fala que a Previdência precisa ser completamente reformada e os direitos negados, se todo o valor da sonegação fosse recuperado, toda a Previdência poderia ser paga", destaca o presidente do Sindicato, Helio Paiva Matos.
Ello Assessoria de Imprensa
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