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JUSTIÇA • 15/04/2025 às 11:36

Após quatro anos de espera, começa em Paraguaçu o julgamento do réu pela morte de Nair Pontes

O réu responde por homicídio qualificado e estava em liberdade, até então.

Após quatro anos de espera, começa em Paraguaçu o julgamento do réu pela morte de Nair Pontes

om a esperança na Justiça, a população de Paraguaçu Paulista volta sua atenção ao Tribunal do Júri. Após quase quatro anos de espera, teve início na manhã desta terça-feira, 15 de abril, no Fórum da cidade, o julgamento do homem acusado de assassinar brutalmente a servidora pública municipal, Nair Pontes, de 50 anos, em um crime que marcou profundamente a história recente do município.

O caso, que chocou a comunidade pela crueldade e pelas circunstâncias da morte, será julgado por um júri popular. O réu responde por homicídio qualificado, tipificação que, segundo a investigação, se justifica pela brutalidade e frieza com que o crime foi cometido.

O CRIME

Na noite de 29 de maio de 2021, Nair Pontes foi encontrada morta em uma estrada de terra no entorno do Centro de Convergência Turística, em uma área conhecida como “Pôr do Sol”. Segundo o inquérito policial, ela foi empurrada do carro do suspeito, atropelada e deixada no local, com sinais evidentes de violência física. Seu corpo estava sem vestes da cintura para baixo, fato que ampliou ainda mais a indignação da comunidade.

Apesar das evidências colhidas pela investigação e da identificação do suspeito em setembro do mesmo ano, o acusado permaneceu em liberdade, gerando revolta, revolta e um sentimento de impunidade que se prolongou por quase quatro anos. O nome dele não foi revelado à imprensa.

Em agosto de 2021, o clamor por justiça ganhou as ruas. Um grupo de mulheres organizou um protesto simbólico na Praça da Matriz de Paraguaçu Paulista, empunhando cartazes com frases como “Vidas pretas importam”, “Não foi acidente” e “Queremos justiça”. O ato ecoou a dor da perda e a indignação de uma cidade inteira, além de chamar atenção para a violência contra mulheres negras e a lentidão dos processos judiciais em casos como este.

Nair Pontes era muito mais do que uma vítima. Era mãe de cinco filhos, servidora pública dedicada e uma figura respeitada em sua comunidade. Sua trajetória foi interrompida de forma brutal, e desde então seus familiares vivem entre o luto e a luta por justiça.

O julgamento que agora acontece é visto não apenas como um procedimento legal, mas como um ato de reparação moral e social. Para a família, para os amigos e para todos os que acompanharam o caso desde o início, o momento representa uma tentativa de reconstrução da dignidade ferida pela violência e pela demora na resposta judicial.

Redação Abordagem - Foto I7 Notícias

 

Fonte: Redação Abordagem

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