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GERAL • 14/03/2025 às 16:32, atualizada em 14/03/2025 às 16:43

IML confirma causa da morte de Vitória Regina e investigações avançam sobre suspeitos

A vítima sofreu hemorragia intensa causada por um corte profundo no pescoço.

IML confirma causa da morte de Vitória Regina e investigações avançam sobre suspeitos

O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo concluiu que a morte da adolescente Vitória Regina, de 17 anos, de Cajamar (SP), foi causada por uma hemorragia intensa devido a um corte profundo no pescoço. O laudo indica que a jovem sofreu um choque hipovolêmico, quadro em que a perda excessiva de sangue compromete o funcionamento do coração e leva à falência múltipla dos órgãos, conforme divulgado pelo SBT.

O documento também aponta que o ferimento não foi causado no matagal onde o corpo foi encontrado, pois não havia sinais de grande sangramento no local. A Polícia Civil concentra agora as investigações em três suspeitos, sendo que um deles, Maicol Sales dos Santos, já teve a prisão temporária decretada pela Justiça. A principal linha de investigação sugere que Vitória foi mantida em cativeiro, onde sofreu abusos sexuais e tortura, antes de ser assassinada.

Investigação e suspeitos

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, informou, em coletiva de imprensa, que Maicol foi preso no sábado (8), após apresentar contradições em seu depoimento. Ele alegou que estava em casa com a esposa na noite do crime, mas a mulher desmentiu sua versão, afirmando que passou a noite na casa da mãe.

Além disso, Maicol é proprietário de um Toyota Corolla, veículo identificado na cena do crime. "No porta-malas do Corolla foram encontradas manchas de sangue, e tudo indica que seja da vítima. O material já foi encaminhado para exame de DNA", declarou Carmo.

Outros dois suspeitos, Daniel Lucas Pereira e Gustavo Vinícius, também estão sob investigação, mas tiveram os pedidos de prisão negados.

De acordo com a polícia, Daniel Lucas gravou imagens do local onde Vitória desceu antes de chegar em casa, dias antes do crime. "Pode ter sido uma filmagem para planejar o sequestro", explicou o delegado. Já Gustavo, ex-namorado da vítima, continua sendo investigado enquanto os agentes buscam mais provas.

O caso

O desaparecimento e a trágica morte de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, comoveram a população de Cajamar (SP) e repercutiram em todo o Brasil.

No dia 26 de fevereiro, após um dia de trabalho em um shopping local, Vitória pegou um ônibus para voltar para casa. Durante a viagem, enviou mensagens para uma amiga relatando que estava sendo seguida por dois homens. Testemunhas confirmaram ter visto um carro com quatro ocupantes perseguindo a jovem após ela descer do ônibus.

A cidade se mobilizou em buscas incessantes. Familiares, agentes policiais, cães farejadores e drones foram utilizados para encontrar a adolescente.

Em 5 de março, um cão farejador localizou o corpo de Vitória em uma área de mata de Cajamar. O corpo estava em estado avançado de decomposição e apresentava sinais de violência. Um policial que acompanhava as buscas relatou que a jovem sofreu agressões severas, teve a cabeça raspada e foi encontrada sem roupas.

A Delegacia de Polícia de Cajamar assumiu as investigações e trabalha com a hipótese de que o crime foi motivado por vingança. Mais de 18 pessoas já prestaram depoimento, e dois veículos foram apreendidos para perícia.

Últimas informações

A polícia solicitou à Justiça a prisão de dois novos suspeitos, cujas identidades ainda não foram divulgadas. O número de testemunhas ouvidas já ultrapassa 20, e novas imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas.

Até o momento, Maicol é o único preso sob suspeita de participação no crime. Contra ele, há uma série de evidências que o ligam ao assassinato.

Próximo ao local onde o corpo foi encontrado, foram achadas uma pá e uma enxada, ferramentas utilizadas pelo padrasto de Maicol. Além disso, a polícia descobriu que, no dia do crime, Maicol fez uma pesquisa em seu celular sobre como "limpar a cena de um crime".

Exames periciais também detectaram manchas de sangue no carro e na casa de Maicol. As investigações apontam que ele pode ter alugado um imóvel para manter Vitória em cativeiro antes de assassiná-la.

O advogado da família de Vitória, Fábio Costa, compareceu à delegacia para acompanhar o inquérito. Na tarde de sexta-feira (14), revelou-se que fotos da adolescente foram encontradas no celular de Maicol. As imagens mostram momentos da rotina de Vitória antes de seu desaparecimento, mas ainda não foi possível determinar se foram tiradas por ele ou capturadas da tela de outra pessoa.

Além disso, foi confirmado que Maicol mentiu à polícia sobre estar com a esposa no dia do crime e sobre não possuir redes sociais.

O IML também atestou que Vitória foi vítima de abuso sexual praticado por mais de um agressor. Exames de DNA estão em andamento para identificar os responsáveis.

 

Fonte: Redação, com informações R7

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