"Salve a Negritude, Vinte Anos de Zimbauê", é o tema enredo escolhido para este ano pela escola de samba Unidos da Vila Operária, que promete ser uma homenagem vibrante à cultura negra, abordando suas raízes e influências no samba.

No barracão da escola, os preparativos já começaram. O carnavalesco da escola, Audálio Duarte, destacou que, para muitos, o Carnaval é apenas diversão, mas para ele, é uma enorme responsabilidade. No barracão, ele se dedica à montagem dos adereços que darão cor e vida ao desfile.

"Estamos enfocando a base de uma cultura e, para mim, como profissional e carnavalesco, é muito importante. Na avenida, vamos falar sobre a cultura negra. Acreditamos que será um desfile alegre e empolgante", afirmou.

Neste ano, a Vila Operária se prepara para levar à avenida cerca de 400 integrantes, todos com um único propósito: celebrar 45 anos de tradição e luta.

A presidente da escola, Mônica da Silva, ressaltou a importância de mais reconhecimento e recursos para o carnaval da cidade.

"Isso demonstra como o samba e a cultura negra, de fato, não são respeitados. O que une as questões da discriminação, as grandes escolas se destacam porque são um espetáculo, mas não é a comunidade negra que recebe os investimentos. Somos uma cidade do interior, batalhamos para fazer um grande espetáculo, e quem nos acompanha na avenida sabe o quanto isso é bonito de ver", enfatizou.

Josi Maria de Oliveira, que há anos se destaca no carro alegórico, compartilha sua emoção por fazer parte dessa celebração. Para ela, o Carnaval é um momento de renovação e de celebração do povo.

"É uma emoção imensa nesta época do ano. A gente reencontra amigos, e todos acabam se tornando uma grande família. É um amor muito grande, composto por respeito e carinho", disse.