Caso Mateus: Ministério Público prorroga a prisão do autor por mais 30 dias
O crime que chocou o Brasil, foi praticado em Assis no dia 11 de dezembro de 2024.
O caso do assassinato brutal do menino Mateus Bernardo Valim de Oliveira, de apenas 10 anos, ocorrido em 11 de dezembro de 2024, em Assis-SP, avançou para uma nova etapa. Na última segunda-feira, 13 de janeiro, o Ministério Público recebeu o inquérito para a prorrogação da prisão temporária do autor, Luís Fernando Silla de Almeida, de 46 anos, por mais 30 dias. Na mesma data, o promotor de Justiça, Fernando Fernandes Fraga, concordou com a solicitação.
Em entrevista ao portal Abordagem, o promotor ressaltou que o caso está sob segredo de justiça, o que limita a divulgação de detalhes. No entanto, ele enfatizou a dedicação das autoridades na condução do processo. “Concordei, de imediato, com a prorrogação da prisão temporária do autor para garantir o avanço das investigações e assegurar que todos os elementos sejam apurados”, declarou.
O promotor também destacou que a Polícia Civil está empenhada em esclarecer todos os detalhes desse crime hediondo. Segundo ele, o inquérito ainda não foi concluído, e novas diligências podem ser realizadas.
O Crime
Mateus desapareceu no dia 11 de dezembro de 2024, e depois de muitas buscas e incertezas, foi encontrado sem vida, seis dias depois, em 17 de dezembro, em um lago localizado em uma área de mata atrás do Assis Tênis Clube, a cerca de um quilômetro de onde ele havia sido visto pela última vez, pedalando ao lado do seu algoz.
O encontro do corpo chocou as equipes policiais que entraram na mata, aos fundos do clube social, em função dos requintes de crueldade, percebidos de imediato, já que houve esquartejamento.
No mesmo dia em que houve o encontro, Luís Fernando Silla de Almeida, vizinho da vítima, foi preso pela polícia. Em 18 de dezembro, já na Cadeia Pública de Presidente Venceslau, o homem confessou o crime, revelando detalhes cruéis da ação.
Segundo o delegado, Tiago Bergamo, disse em entrevista coletiva, Luís Fernando relatou que havia atraído Mateus para uma área de mata sob o pretexto de fazer um piquenique. Durante o encontro teria havido um desentendimento, e o autor atacou a criança com uma pedra, na cabeça. Após isso, ele retornou ao local com uma serra para desmembrar o corpo. Essa ação teria sido realizada por quatro vezes.
Mateus foi velado e sepultado no dia 20 de dezembro, em Assis, mesmo sem todas as partes do corpo terem sido localizadas. A decisão foi tomada pela família após liberação do Instituto Médico Legal (IML).
Ainda restam perguntas sem resposta, como a motivação da briga, de tamanha violência, e a possibilidade de violência sexual, que aguarda confirmação pericial.
O caso abalou, não só Assis, mas o Brasil, gerando grande comoção entre os moradores, que continuam mobilizados em apoio à família de Mateus e clamam por justiça.
Com a prorrogação da prisão temporária de Luís Fernando, as autoridades ganham mais tempo para aprofundar as investigações. A expectativa é de que, ao final desse período, o Ministério Público formalize a denúncia contra o autor confesso, visando sua responsabilização pelo crime bárbaro contra uma criança.
Fonte: Redação
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