Em uma decisão marcante, a justiça eleitoral de paraguaçu paulista, por meio da juíza Aline Amaral da Silva, determinou a anulação dos 1.624 votos conquistados pelos candidatos do Partido Democrático Trabalhista (PDT) nas eleições municipais de 2024. A sentença foi motivada por uma investigação que apontava suspeitas de que a candidatura de Rosilei Meireles de Araújo fosse fictícia, criada apenas para cumprir a cota de gênero, o que compromete a transparência do processo eleitoral. A candidata não registrou nenhum voto na urna, levantando questionamentos sobre a veracidade de sua candidatura.

Essa decisão impacta diretamente o candidato Rodrigo Almeida Domiciano Andrade, sexto mais votado no pleito, com 478 votos, que perde sua cadeira na Câmara Municipal e está impedido de tomar posse.

Nesta terça-feira, dia 5, após a sentença, a TV Paraguaçu entrevistou o vereador, que expressou sua discordância com a decisão judicial. “Eu tomei conhecimento da sentença, mas não concordo, principalmente no tocante à condenação aplicada aos demais candidatos do partido e a mim, pois não tivemos nenhuma participação na suposta fraude. No mais, a sentença não é definitiva, ainda cabem recursos nas demais instâncias. Tenho fé e esperança que essa decisão seja revista pelo tribunal e seja reformada. Outro fato muito importante é a violação à democracia popular que me elegeu com 478 votos, sendo o sexto vereador eleito mais votado”, destacou Andrade.

Além da anulação dos votos do PDT de Paraguaçu Paulista, a sentença também declara a inelegibilidade de Rosilei Meireles de Araújo e de Valdinei da Fonseca, presidente do PDT local, por um período de oito anos. A investigação revelou irregularidades que, segundo a justiça, comprometem a integridade do processo eleitoral.

Apesar da possibilidade de recurso, a decisão representa uma reviravolta significativa no cenário político de Paraguaçu Paulista e requer ajustes na composição dos eleitos para a Câmara Municipal, afetando diretamente a representatividade do PDT no município.