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ASSIS E REGIÃO • 21/10/2024 às 08:57

Reunião na manhã de sexta-feira discute estratégias contra incêndios e estiagem severa

O encontro foi convocado pelo promotor Luis Fernando Rocha, do Gaema.

Reunião na manhã de sexta-feira discute estratégias contra incêndios e estiagem severa

Na manhã de sexta-feira, 06, uma reunião importante para discutir a grave situação dos incêndios florestais e da estiagem que afeta a região, convocada pelo promotor de Justiça Luis Fernando Rocha, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), contou com a participação de representantes do Civap, Polícia Militar, Polícia Ambiental, Policiamento Rodoviário, além da cobertura do portal Abordagem Notícias, único órgão de imprensa presente. 

A principal pauta foi a definição de medidas para combater os incêndios florestais, que têm ocorrido em várias localidades, como Pompéia e Ribeirão Preto, e em outras regiões e estados do país. Questões como a adequação da infraestrutura disponível, incluindo caminhões-pipa e hidrantes nas cidades e rodovias, sob responsabilidade das concessionárias e do poder público, foram amplamente discutidas.

O promotor destacou que a maior parte dos incêndios tem origem em ações criminosas, mencionando a prisão de diversos incendiários. No entanto, ele descartou a participação de facções nos eventos. "Até ontem, cerca de 16 pessoas foram presas, sem antecedentes criminais", afirmou Rocha, acrescentando que "todos os incêndios que temos presenciado são provocados por ação humana, seja por negligência (culposa) ou intencionalidade". Ele ainda reforçou a importância de que qualquer atitude suspeita, em especial, às margens de rodovias, seja imediatamente comunicada às autoridades.

Rocha também chamou atenção para as práticas de pescadores, que acendem fogueiras em áreas rurais, e de turistas, que descartam bitucas de cigarro nas rodovias, agravando a propagação dos incêndios. Ele defendeu a necessidade de campanhas de conscientização para reduzir tais comportamentos.

Embora o Ministério Público, em parceria com prefeituras e o setor canavieiro, esteja trabalhando na prevenção de incêndios,o promotor ressaltou que as condições climáticas extremas têm dificultado o controle. A previsão de chuvas para outubro agrava ainda mais o cenário, intensificando a preocupação das autoridades.

Apesar da chegada de uma frente fria, as condições climáticas — com temperaturas acima de 30°C, ventos superiores a 30 km/h e umidade relativa do ar abaixo de 30% — ainda são extremamente favoráveis à propagação do fogo. Nesse sentido, o promotor anunciou que o uso das defesas civis municipais será ampliado para reforçar o monitoramento nas regiões de cana e Áreas de Preservação Permanente (APPs), e qualquer suspeita de incêndio deve ser reportada à Polícia Militar.

Desde o dia 22 de agosto, uma série de incêndios tem assolado o estado, com destaque para o caso em Rancharia, onde uma estrada precisou ser interditada. Rocha salientou que muitos focos começaram em áreas de vegetação e se espalharam para plantações de cana e outras culturas, ilustrando a complexidade da crise.

O CIVAP - Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema tem reforçado, nos últimos dias, sobre a prevenção de incêndios com a campanha Fogo Zero, e também tem priorizado agilizar as ações que fazem parte da Proteção e Defesa Civil regional, com o objetivo de ter rapidez e eficiência na mitigação de riscos e desastres que possam atingir os municípios e região de abrangência do órgão. A diretora técnica, Ida Franzoso, participou da reunião de sexta-feira. 

Na próxima segunda-feira, 09, uma nova reunião será realizada com o objetivo de discutir ações de combate aos incêndios, como por exemplo, a intensificação do monitoramento e ações preventivas, incluindo a proibição da venda de combustível a granel sem identificação do comprador, além do reforço na fiscalização das saídas das cidades e áreas de ranchos.

Fonte: Redação Abordagem




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