Justiça nega pedido do MP e delegado suspeito de efetuar disparo que matou adolescente segue solto
O delegado, natural de Assis, alega ter atirado no chão ao tentar conter homem suspeito de desacato.
A Justiça negou o pedido de prisão preventiva contra o delegado, natutal de Assis e responsável pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Lins (SP), suspeito de ter efetuado o disparo de arma de fogo que atingiu e matou uma adolescente de 16 anos, em Promissão, interior de São Paulo. O caso aconteceu no último domingo (4), na festa de peão da cidade.
O delegado foi liberado em audiência de custódia na segunda-feira (5) após ser preso em flagrante. O pedido do Ministério Público (MP) foi negado nesta terça (7).
"O Ministério Público elaborou pedido liminar, entendendo 'presente grave risco de dano irreparável à sociedade'. Contudo, analisados os argumentos trazidos e os dados do processo de conhecimento, não se vislumbram, de plano, os requisitos necessários à concessão da tutela, razão pela qual indefiro a liminar pleiteada.", argumenta a decisão
Em nota, a defesa do acusado disse que se coloca à disposição da Justiça e também sente a dor da família enlutada, e que o delegado sempre agiu como defensor da sociedade.
Relembre o caso
Conforme boletim de ocorrência, Katrina Bormio foi atingida no pescoço por um dos disparos e chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento.
A defesa do delegado informou que ele chegava ao recinto como visitante da festa e interveio em um caso de desacato a policiais militares que ocorria na entrada do recinto.
Ainda de acordo com a defesa, para conter o homem que estaria bastante alterado e tentava entrar no local com bebidas alcoólicas, o delegado efetuou alguns disparos no chão. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento dos disparos e é possível ouvir pelo menos quatro tiros.
Katrina estava na festa na companhia de amigos e também de pais desses jovens, mas foi embora mais cedo e aguardava o pai buscá-la quando foi atingida pelo tiro.
Segundo o advogado de defesa, o delegado não percebeu que havia atingido a jovem, mas informou à central de flagrantes sobre os disparos. Ainda de acordo com o advogado, quando soube que tinha atingido a jovem, o delegado se apresentou na delegacia para esclarecimentos.
O delegado chegou a ser preso em flagrante, mas foi liberado na audiência de custódia após pagamento de fiança e imposição de medidas cautelares.
O caso é investigado pela corregedoria da Polícia Civil que informou que apura a conduta do delegado. Porém, segundo a defesa dele, ele não foi afastado das funções como delegado.
Katrina estava no ensino médio de uma escola particular da cidade e os estudantes foram dispensados na segunda-feira para acompanhar o velório e enterro e prestar as últimas homenagens à jovem.
Fonte: g1 Bauru e Marília
Participe do nosso grupo do WhatsApp!
Fique informado em tempo real sobre as principais notícias de Assis e região
Clique aqui para entrar no grupo