Pirapozinho: Operação prende oito por cárcere privado em residências terapêuticas
Os locais serviam como espécies de cativeiros para depósitos de seres humanos.
Na quinat-feira, 22, policiais civis de Pirapozinho, em ação conjunta com o Ministério Publico, realizaram uma fiscalização em duas residências terapêuticas do município.
Após várias denúncias de populares e pacientes, foi desencadeada esta ação policial que contou com a participação de 14 policiais civis, com apoio da Vigilância Sanitária municipal e estadual, bem como auxilio da Assistência social, além de membro do Ministério Público e 2 técnicas do Núcleo de assessoria técnica psicossocial do Ministério Público.
Durante os trabalhos, foi constatado que vários pacientes estavam nas residências de maneira involuntária, ou seja, contra a sua vontade expressa.
Os relatos iam desde sequestro para a condução até as residências terapêuticas, como o cárcere privado, sendo dito por alguns pacientes que os quartos seriam trancados por fora durante a noite, não tendo alimentação noturna e até racionada a água servida.
Em alguns relatos também foram ditos que os pacientes seriam “dopados” excessivamente quando pediam para irem embora das clinicas, evitando assim que pudessem sair de maneira voluntária, além de ser limitado o contato com seus familiares. Em uma das clinicas foi relatado que ocorria ainda o crime de tortura. Uma série de pacientes foram ouvidos para subsidiar os atos de polícia judiciária.
Foi dado, então, pelo delegado de polícia, voz de prisão pelo crime de cárcere privado, sendo que referente aos outros crimes, tortura e sequestro serão instaurados inquéritos policiais e dado continuidade as investigações. Os 8 presos permanecem presos e passarão por audiência de custódia, à disposição da Justiça.
Segundo o promotor de Justiça, os locais vistoriados eram inapropriados e insalubres para a internação de pacientes, violando os direitos humanos dos cidadãos, servindo como espécies de cativeiros para depósitos de seres humanos.
Segundo o delegado do caso, a ação policial conjunta reforça a necessidade do seguimento de todas as modalidades de internação à risca da lei, havendo uma função também pedagógica na presente ação policial e mostrando a polícia civil como garantidora dos direitos de todos cidadãos, inclusive os em situação de drogadição.
Fonte: redação - foto cedida pela Polícia Civil
Participe do nosso grupo do WhatsApp!
Fique informado em tempo real sobre as principais notícias de Assis e região
Clique aqui para entrar no grupo