Na tarde de terça-feira (14), um homem de 62 anos morreu após um acidente envolvendo a caminhonete que ele dirigia e uma carreta, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), próximo ao km 424, em um trecho de subida, município de Palmital. A colisão ocorreu por volta das 12h30, quando a caminhonete, com placas de Valinhos (SP), bateu na traseira da carreta, com placas do Mato Grosso do Sul.

De acordo com a Polícia Rodoviária, o motorista da caminhonete, identificado como Marco Aurélio Incerti de Lima, ficou preso às ferragens e teve o óbito confirmado ainda no local. Ele, que era piloto de avião, estava retornando de uma fazenda no Mato Grosso para Valinhos, onde residia, e estava sozinho no veículo. 

O corpo foi trazido ao Instituto Médico Legal (IML) de Assis, onde passou por exame necroscópico antes de ser liberado para o velório e sepultamento. As causas do acidente estão sendo investigadas pelas autoridades locais.

Segundo apurado pelo Jornal da Segunda (JS Online) Incerti de Lima foi o penúltimo piloto a operar a aeronave Airbus A320 da TAM que se envolveu em um trágico acidente em 2007, resultando na morte de 199 pessoas. Em reportagem, pelo jornal Folha de S. Paulo, “o piloto Marco Aurélio Incerti de Lima admitiu, em depoimento no 27º DP (Campo Belo), ter executado um procedimento não-recomendado para pousar o Airbus-A320 da TAM no aeroporto de Congonhas no dia 17 de julho de 2007, horas antes de a mesma aeronave sair para outra viagem, se chocar contra um prédio e matar 199 pessoas.

O piloto teria admitido a realização de um procedimento "não adequado" ao passar o comando do avião aos tripulantes, que posteriormente sofreram o acidente. Em depoimento, afirmou ter deixado o manete da turbina direita em ponto morto após pousar, contrariando as normas da Airbus, devido às condições da pista de Congonhas na época.

O caso gerou polêmica e questionamentos sobre a segurança dos procedimentos adotados pelos pilotos. As autoridades continuam a investigar tanto o acidente na rodovia quanto as implicações do procedimento adotado por Incerti de Lima em 2007.