Agricultor é condenado a 5 anos de prisão pelo assassinato de tio, em Palmital-SP
A tragédia familiar ocorreu há 17 anos.
Na última quinta-feira, 09, o fórum da comarca de Palmital-SP foi palco de um júri popular aguardado há 17 anos pela família da vítima. O agricultor, Rafael Novac Garcia, de 38 anos, foi condenado a cinco anos de prisão, no regime semiaberto, pelo crime de homicídio simples contra o seu tio, Pedro Garcia da Silveira Júnior, de 50 anos, popular Pedrinho, ocorrido na madrugada de 22 de abril de 2007, por volta das 4h40. A sentença foi proferida pela juíza Carolina Dionísio.
O julgamento, iniciado pela manhã e estendido até a noite, foi marcado por momentos tensos, com as famílias revivendo momentos dolorosos, dada a proximidade entre réu e familiares da vítima. O pai de Rafael, Aristides Garcia da Silveira Neto, oTide, e Pedro Garcia da Silveira Júnior, eram irmãos.
O embate entre a promotoria e defesa foi intenso, destacando-se a atuação do promotor de justiça, Marcos Fogaça, e de seu assistente, Dany Patrick Koga, considerada brilhante pelos presentes. O advogado de defesa, Paulo Celso Gonçalves Galhardo, também apresentou argumentos incisivos. No entanto, as provas nos autos do processo e as divergências nos depoimentos das testemunhas não deixaram dúvidas ao Corpo de Sentença, que votou a favor da condenação de Rafael, que em momento algum confessou o crime, assumido por seu pai.
Condenado, Rafael aguardará o recurso apresentado por sua defesa, em liberdade.
Para o filho da vítima, a condenação trouxe um senso de justiça. “A justiça demora, mas acontece. Ele (primo) constituiu família, casou, teve filhos, enquanto nós tivemos nossas vidas devastadas por essa tragédia e tivemos de deixar Palmital. O que mais importa é que conseguimos provar: que ele matou meu pai e aceitou que o pai dele carregasse uma culpa que não tinha. Estamos mais leves com a condenação dele.”
O caso remonta a um conflito familiar ocorrido há quase duas décadas, desencadeado por uma discussão entre Rafael (21 anos à época) e seu primo Pedro Neto (com 18 na fatídica ocasião), durante um evento de rodeio em Palmital. O desentendimento culminou com os disparos, atribuídos a Rafael, que resultaram na morte de Pedro Garcia da Silveira Júnior.
Naquela madrugada, o pai do acusado, Aristides Garcia da Silveira Neto, assumiu a autoria do homicídio contra o próprio irmão.
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Fonte: redação Abordagem
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