Nesta terça-feira, 09, alunos de diferentes disciplinas da UNESP, campus de Assis, estão se manifestando desde bem cedo, por conta da crescente preocupação sobre a falta de condições econômicas para muitos estudantes veteranos. Com mais de 100 deles na lista de espera da permanência estudantil, a situação se tornou insustentável, afetando diretamente suas presenças na faculdade, por isso a decisão de expressar publicamente a situação. 

Apenas recentemente, um auxílio emergencial de R$ 400 teria sido liberado, mas os alunos enfatizam que essa quantia não é suficiente para garantir sua subsistência ao longo do mês. Além disso, os calouros não tiveram o direito à moradia a qual têm direito, o que levou os veteranos a acolhê-los no espaço sem a devida aprovação da UNESP.

Segundo relata João Antunes, integrante do Diretório Acadêmico e um dos organizadores da mobilização, a universidade planeja uma reforma na moradia, porém os estudantes expressam preocupações com a abordagem adotada pela instituição. "Há relatos de que a UNESP está promovendo uma desocupação forçada do prédio, sem oferecer alternativas viáveis para os moradores", cita.

Os alunos reiteram que estão cientes da necessidade de melhorias na moradia, mas temem que as medidas adotadas pela universidade sejam excessivamente restritivas, e citam o exemplo da moradia de Ilha Solteira, onde foram instaladas catracas e horários de entrada e saída, além de outras restrições consideradas desnecessárias, como a recepção ser controlada com limite de horário.

Diante desse cenário, os estudantes promoveram a paralisação de hoje, com o objetivo de pressionar a reitoria por melhorias nos auxílios financeiros e por um projeto de reforma da moradia que não resulte na expulsão dos moradores e na transformação do local em uma "espécie de prisão", conforme se referem. 

Assista o que dizem os alunos, em vídeo publicado no instagram: 

https://www.instagram.com/reel/C5hN8wBvV24/?igsh=bzl3M3F0YWFwcHZn