Promotor fala sobre violência sexual, no Hospital Regional
A iniciativa inclui o projeto Pétala que dá apoio às vítimas da cidade e região.
Nesta segunda-feira, 25, pela manhã, dezenas de autoridades e demais convidados participaram da palestra “Violência sexual contra crianças e adolescentes”, ministrada pelo promotor de justiça, Luis Fernando Rocha, no auditório do Hospital Regional.
A iniciativa inclui ações do projeto Pétala, desenvolvido no Hospital Regional, que dá apoio às vítimas de violência sexual da cidade e região.
De acordo com a professora doutora, Telma Gonçalves Carneiro Spera de Andrade, diretora do Hospital Regional de Assis, ações como esta são importantes para que o projeto Pétala tenha uma divulgação maior e alcance cada vez mais as vítimas de violência sexual.
“Convidamos autoridades de toda a região, pois atendemos aqui no hospital 25 municípios, somos referência e precisamos expandir este projeto. Estamos fazendo este trabalho desde o ano passado para que o projeto não fique apenas em algumas pessoas e sim que abranja a todos que precisam de ajuda e apoio. É muito importante que tenhamos, inclusive mais momentos como este. Estamos organizando um comitê e isso vai trazer grande repercussão para a região de Assis e Ourinhos, pois os 25 municípios que atendemos são das duas microrregiões”, explica.
A diretora do hospital agradece ao promotor pela disposição em fazer parte desta causa que visa a promoção de saúde física e mental das vítimas de violência. “Hoje um tema em especial sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes. Quero agradecer a presença de todos e dizer que é uma das causas do Hospital Regional e do Dr. Luis Fernando, juntos nós vamos combater a violência e assistir as vítimas. Precisamos fazer que este projeto alcance os 25 municípios para que muitas vítimas que ficam silenciosas possam ter a oportunidade de serem acompanhadas neste momento tão difícil, de tamanha dor, pressão e invasão”, reforça.
Segundo o promotor de justiça, Luis Fernando Rocha, o objetivo da palestra é conversar sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes, discutir e debater sobre a formação da rede e a atribuição de cada ator social, além dos desafios de trabalhar em rede e as dificuldades enfrentadas, do diálogo e da integração dentre os vários órgãos envolvidos.
“Vamos nos capacitar juntos. Cada membro é importante. Quando falamos de crianças e adolescentes temos que nos despir das nossas vaidades pessoais e profissionais. Não podemos ficar discutindo sobre quem é o responsável por isso ou aquilo, temos que ter capacitação. A mensagem principal de hoje para nós é o início, ou reinício, de uma construção de capacitação, de diálogo e discussão em torno deste tema. Temos uma estatística atual do disque denúncia que são 50 casos de violência sexual contra a criança e adolescente por dia. A maioria dentro de casa, no âmbito familiar e os agressores principais são padrastos, pais, avós, e os que não são dentro de casa, são com pessoas conhecidas. Falaremos também sobre a síndrome ou pacto do silêncio, pois infelizmente muitos ainda seguem em silêncio”, conclui.
Fonte: Redação - Fotos: Abordagem
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