Assis e toda a região amanheceram hoje, 23 de março, com um pesar profundo ao receber a notícia do falecimento de Waldyr Max, de 99 anos de idade, uma figura que deixa a sua marca não apenas na história da agricultura do Vale Paranapanema, mas também inspirou gerações com seu exemplo de amor à vida, à família e ao trabalho no campo. Ele estava internado devido a complicações já relacionadas à idade avançada.

Nascido em 20 de maio de 1924, em Cuiabá, Waldyr Max foi registrado três anos mais tarde em Barra do Rio dos Bugres. Filho do telegrafista José Maria Max da Silva e da professora Agueda Zarate, Waldyr era o segundo de oito irmãos. Desde a infância, trazia consigo os valores de resiliência e empreendedorismo, herdando o caráter do pai e a determinação da mãe.

Casado com Wilma Molina (In memoriam), Waldyr construiu um legado que transcendeu gerações. Pai de quatro homens: Luiz Fernando Molina Max, José Carlos Molina Max, Waldyr Max Júnior e Armando Mauricio Max - ele soube conciliar a dedicação à família com uma carreira de sucesso na agricultura. 

Waldir com seus filhos

Um dos momentos marcantes de sua trajetória foi a fundação da Cooperativa Agrícola dos Plantadores e Fornecedores de Cana da Média Sorocabana, que teve como objetivo principal combater o abuso de preço das firmas e cooperativas que vendiam insumos agrícolas na região. Essa iniciativa, guiada pelo espírito empreendedor de Waldyr, demonstra seu compromisso com a justiça e o bem-estar da comunidade agrícola.

Além disso, Waldyr foi uma figura fundamental na fundação e consolidação da Cooperativa de Crédito Rural - CREDICANA - em 1969. Sua liderança e visão estratégica foram essenciais para o sucesso da cooperativa ao longo dos anos, onde ele ocupou a presidência por 17 anos, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico da região.

Max também era um homem à frente de seu tempo. Apaixonado por uma boa conversa e sempre interessado em aprender, ele era conhecido por sua mente inquisitiva e pela habilidade de se adaptar às mudanças. Além disso, praticava esportes com regularidade, cuidando da saúde e inspirando outros a manterem um estilo de vida ativo e equilibrado.

Seu legado permanecerá vivo nas memórias daqueles que tiveram a honra de conhecê-lo e nas lições que ele deixou para as futuras gerações. Assis perde não apenas um grande agricultor, mas um ser humano extraordinário que deixou sua marca indelével na história da cidade e de seus habitantes.

O velório será realizado na São Vicente Prever, em Assis, das 15 horas até às 23 horas. O corpo será cremado em Londrina, junto com os restos mortais da esposa, Wilma.