Familiares e amigos de João Marcelo pedem justiça em manifesto
Com camisetas personalizadas e cartazes, familiares e amigos garantem que não foi acidente.
Nesta sexta-feira, 15, familiares e amigos de João Marcelo Novaes dos Santos, de 23 anos, vítima de uma ação policial que culminou em sua morte, na Avenida Vereador David Passarinho, organizaram um manifesto pedindo justiça contra a versão apresentada pela Polícia Militar, na rotatória do Homem de Lata (São Francisco de Assis), na avenida Rui Barbosa.
Com camisetas personalizadas e cartazes, eles garantem que não foi acidente e seguirão se manifestando até o afastamento dos policiais envolvidos no caso.
“Eu quero justiça; não quero mais nada, apenas justiça mesmo; vou acalmar meu coração somente quando esses caras forem pelo menos afastados da polícia; aí vou acalmar meu coração enquanto isso eu vou até o fim; toda semana eu vou fazer barulho; independente do que seja; pode ser eu sozinho; vou na rua fazer barulho pelo meu filho; pedimos o afastamento destes policiais para mostrar pra gente que a polícia é capaz de fazer um serviço certo; mostrar para a sociedade que errou e tem que pagar; se errou tem que ser afastado até a decisão do inquérito policial; pelo menos tirar eles da rua pra não prejudicar mais gente”, diz Marcelo dos Santos, pai de João Marcelo.
De acordo com ele, o que fizeram com seu filho não existe. “Nada justifica; se eles tivessem feito o trabalho como são treinados para isso, nada disso teria acontecido; se eles socorrem, fazem o papel certo, bateu e caiu faz todo procedimento, chama o resgate, aí sim é o procedimento correto e não o que fizeram; bateram, judiaram e depois de espancado, o moleque tudo estourado por dentro vão chamar o resgate; eles sabem que se a pessoa cai qual é o procedimento? não levanta, vamos chamar a policia ou o resgate, vamos fazer tudo correto; maca, hospital, mas não, primeiro judiaram pra depois chamar o resgate; espancaram meu filho para depois chamar o resgate; e o pior de tudo é que não foram afastados; a questão é, será que esses caras vão ficar na rua pra fazer mais maldade para outros motoqueiros?”, questiona.
Segundo Marcelo, seu filho errou porque estava com a carta vencida e com a moto de um amigo, mas nada justifica a ação policial. “Eles tinham que ter feito o serviço deles; encher de multa, prender a moto e primeiramente socorrer a vítima; eles estão nas ruas para salvar vidas e não matar vidas; a polícia mentiu; o Capitão mostrou para mim dois policiais, mas na realidade são mais policiais envolvidos; o que ele falou pra mim não condiz com o vídeo; eu quero saber dos três policiais que pegaram meu filho primeiro e não dos outros dois que chegaram na viatura por trás; ele alega que quem pegou meu filho primeiro era a viatura que estava atrás dele e não a primeira que desceu; mas no vídeo quem pega primeiro meu menino é a viatura que estava descendo e já sai agredindo meu moleque pela nuca; não deu nem tempo dele se defender; ai os outros descem com agressividade; são vários policiais envolvidos e não só dois que ele mostrou pra gente”, afirma.
“O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e eu vou até o fim; independente do que seja; a polícia teve a cara de pau de falar para mim que a dor é maior porque estou indo pela cabeça dos outros, pela emoção e pelo fato de ter perdido meu filho; só que é o seguinte, hoje a dor é maior, amanhã pode ser outro constrangimento na minha vida, me intimidando para eu não ir em frente; tenho várias testemunhas; tenho mensagem de policiais que dizem que sim meu filho estava errado, mas os policiais estão mais errados ainda; então esta prova eu vou mostrar depois”, conclui.
A namorada de João Marcelo bastante emocionada disse que ele era um menino maravilhoso e que agora restará apenas saudades. Eles namoraram por três anos e ele era muito carinhoso, amoroso e especial.
Por sua vez, Fernanda Maria Novaes, mãe do rapaz, garante que vai até o fim pelo seu filho. “Eu quero justiça; eu vou até o fim; nada vai trazer meu filho de volta, mas aqui na terra vamos lutar por ele até o fim; nada justifica o que fizeram com ele; mataram ele; assassinaram meu filho; na hora que ele cai da moto ele ia levantar e os policias falam que foram conter ele porque ele ia fugir; imagina que ele ia fazer isso, fugir ali; eu vou até o fim por ele; ele não vai voltar mais; quero justiça na terra porque a justiça de Deus não falha; quero esses policiais fora; meu filho é um ser humano, não é um cachorro, ele tem família, ele não é um bandido; ele tem pai, mãe, um menino bom de coração, de ouro; eu quero justiça”, reforça.
Fonte: Redação - Fotos: Abordagem
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