Na última terça-feira, 12, a Diretoria de Ensino de Assis recebeu uma grave denúncia da diretora da Escola Estadual Dr. Clybas Pinto Ferraz, na qual dizia que um dos alunos do oitavo ano havia gravado áudio da fala de um professor, dentro da sala de aula, e a mãe, em conversa com a diretora, denunciou a situação considerada como imprópria.

De acordo com Marlene Barchi Dib, dirigente regional de ensino, a partir do momento em que foi acionada, imediatamente foi verificar o ocorrido, in loco, na escola.  “Tivemos acesso ao áudio e estamos encaminhando a situação, segundo a legislação vigente com apuração preliminar; vamos apurar os fatos, fazer as oitivas com todo cuidado que a situação requer; vamos ouvir o professor, pois ele tem todo o direito de se defender; vamos ouvir os alunos e para a situação dar o melhor encaminhamento possível sempre preservando e mantendo a função principal da escola que é o ensino e a aprendizagem”, diz.

Segundo a dirigente disse à reportagem Abordagem Notícias, o professor achou por bem, depois, de uma conversa e de tomar ciência das denúncias da família, tirar uma licença saúde por 15 dias. “Ou seja, se afastar da escola até que as coisas se resolvam, inclusive administrativamente, segundo a lei 10 mil e todos os procedimentos que a gente (Diretoria e Secretaria Estadual da Educação) toma em relação a este caso”, explica.

Em áudio encaminhado à nossa reportagem houve a captação das falas do professor que diz. “Fabiola é uma travesti que trabalha na Sabesp. Alguém aqui tem algum problema com travesti? Porque se tiver a gente resolve na gilete. A travesti Fabíola é montada no salto, na saia justa, no peitinho postiço, no cabelão e na maquiagem. Toda sexta e sábado a partir das 23 horas Fabiola vai para à Sabesp e vai fazer os seus programas”.

E prossegue: “O salário do professor é muito baixo e a renda extra que eu faço, como Fabíola, ganho muito mais do que como professor, porque eu tenho vários clientes. Eu não, a Fabíola tem vários clientes!  Não fique chocado. Você nunca teve um professor que é travesti à noite? Eu tenho certeza que não, mas eu sou uma caixinha de surpresas mesmo, não adianta! Eu tenho muitas outras histórias para contar pra vocês, de caixinha de surpresas do professor, essa é só mais uma delas”.

O professor abre a conversa para os alunos tirarem suas curiosidades e partes pesadas no áudio a reportagem achou por bem não divulgar na íntegra.

Marlene Barchi Dib, dirigente regional de ensino