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LOCAL • 21/10/2024 às 07:55

Mães assisenses lutam contra o 'peso das medidas' impostas pela Educação Municipal

Uma das piores imposições aos pais pela prefeitura foi a redução de horário nas escolinhas.

Mães assisenses lutam contra  o 'peso das medidas' impostas pela Educação Municipal

O prefeito de Assis, Ricardo Pinheiro Santana chega perto do final de seu mandato com total desaprovação de pais, mães e professores da rede Municipal por conta das drásticas medidas impactantes que tem tomado sob a alegação de necessidade de conter gastos.  

Foi com incredulidade e indignação que toda uma comunidade de mães e servidores da Educação, em especial os eventuais, receberam a notícia de que o período de permanência de seus filhos nas escolas-creches foi reduzido, de forma que terão de “se virar” para pegá-los antes do tempo previsto, o que compromete toda uma rotina de trabalho fora de casa.

Nas redes sociais, grupos de mães se mobilizam e se manifestam, buscando desesperadamente uma saída. Algumas já consideram perder o emprego, pois dificilmente serão liberadas do trabalho às 16 horas para pegar os filhos nas creches. 

Ontem, houve uma mobilização, mas que, justamente pela questão do trabalho, teve o comparecimento de poucas mães das crianças que sofrem com o “peso das medidas” impostas por Pinheiro e pela secretária Municipal de Educação de Assis, Maria Amélia Artigas dos Santos.

No dia 25 deste mês de outubro, as escolas municipais receberam um documento avisando sobre as mudanças de horário e cortes que estão havendo na prefeitura. Com isso alguns professores (PDIs eventuais e de projetos) foram demitidos, e os pais, pegos de surpresa.

Na última quinta-feira, 27, houve no período da manhã uma reunião na secretaria da Saúde, (sim, porque as mães alegam que não poderiam realizar encontro na secretaria de Educação), onde foi cogitado a hipótese de não medir esforços para connseguir  exonerar a secretária da Educação.

Já no período da tarde, às 13 horas, alguns pais, professores e representantes dos sindicatos Unacom e Fundeb estiveram no fórum.

Uma das mães, de nome Débora conta que foram ouvidas pelo promotor Carlos Henrique Aparecido Rinardi. “Ele nos disse que sem um documento não há acusação e ele não pode fazer nada; Ficou agendado para terça-feira, às 14 horas, para que os mesmos pais e representantes que estiveram na sala dele hoje (ontem), compareçam ao Fórum para entregar este documento que já está sendo redigido pela Mônica (uma mãe ) e um conselheiro tutelar”, relata.

Também no dia 02/11 haverá um protesto, em frente ao Cemitério Municipal, onde todos deverão estar de preto e levar faixas, representando o luto pela Educação.

Indignada como tantas mães que precisam deixar seus filhos nas escolinhas municipais, uma delas cita: “E ainda não temos nem o direito de ter uma educação decente aos nosso filhos. Quatro anos de governo, e, nos últimos meses esse prefeito resolve ‘arrumar as dívidas’ que vieram do mandato anterior? Me poupe né... Arrumem outro desculpa. Descontar na população que mais precisa é que não é justo”, desabafa.

Outra mãe complementa: “De que adianta reativar a Ficar, sair na mídia ao lado de famosos, fazer ciclovia nos bairros nobres, e agora deixar as mães trabalhadoras na mão? Sai agora na mídia ao lado de uma mãe que precisa da creche pra colocar seu filho e poder por comida dentro de casa”, sugere.

Outra prossegue criticando a administração municipal de Assis, expondo a problemática causada pela decisão do prefeito no tocante à Educação. “Eu trabalho em uma loja, das 8 às 17horas. Já entro uma hora mais cedo para poder pegá-los (filhos) na escola. Mas agora estou sem chão e sem saber como farei. Se a empresa aceita que eu fique direto, sem fazer hora almoço, ou venho almoçar e já busco meus filhos na escola e depois retorno para o trabalho. Não sei o que fazer! Complicado isso bem agora no final do ano”.
 

Professores destacam que ganharam ‘presentes de grego’, que foram as demissões à véspera do Dia do Professor, e, agora, antes do Dia do Funcionalismo Público, redução de suas jornadas, e, consequentemente, de seus salários, já comprometidos. 

Para todos os prejudicados, a situação é algo surreal, e não há como aceitar uma imposição dessa natureza.

 

Escolas afixaram cartazes informando sobre novo horário de funcionamento.


 

 




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