Morreu nesta segunda-feira, 22 de janeiro, Antônio Henrique Bittencourt Cunha Bueno, de 74 anos, o qual  teve uma notável trajetória política. Filho de Antônio Sílvio Cunha Bueno e Edy Bittencourt Cunha Bueno, graduou-se em Economia pela Universidade Mackenzie. Inicialmente corretor de seguros, sua carreira política teve início quando ainda bem jovem, aos 21 anos, como vereador. A causa da morte ainda não foi informada, mas sabe-se que ele estava doente, debilitado, e usando cadeira de rodas. 

Além de seu destacado papel como parlamentar, Cunha Bueno também assumiu a Secretaria de Cultura no governo Paulo Maluf, afastando-se temporariamente do cargo legislativo. Posteriormente, ingressou no PDS, sendo reeleito em 1982, 1986 e 1990, superando assim os quatro mandatos de seu pai.

Ao longo de sua carreira, presidiu o diretório estadual do PDS e desempenhou papel crucial em eventos políticos significativos, como a votação da Emenda Dante de Oliveira em 1984 e o apoio a Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985. Participou ativamente da Assembleia Nacional Constituinte, defendendo propostas, como o plebiscito para definir a forma de governo em 1993, mesmo presidindo o Movimento Parlamentarista Monárquico.

Seu engajamento na política também foi reconhecido internacionalmente. Em 1987, foi admitido à Ordem do Infante D. Henrique por Mário Soares, presidente de Portugal. Em 1995, Fernando Henrique Cardoso o homenageou com a Ordem do Mérito Militar.

O político demonstrou sua postura ética ao votar pelo impeachment de Fernando Collor em 1992. Filiou-se sucessivamente ao PPR e PPB, sendo reeleito deputado federal em 1994 e 1998. Além disso, atuou como economista e ocupou o cargo de Secretário da Cultura do Estado de São Paulo em determinado período.

Sua partida deixa uma lacuna na política brasileira, sendo lembrado como um servidor público dedicado e defensor incansável de causas importantes.