Vaca louca: Brasil é rigoroso
Importância que o aspecto sanitário deve ser considerado, segundo Caio Depes
Agências internacionais divulgaram e nacionais reproduziram no último dia 24 de março a confirmação pelo Ministério da Agricultura da Franca de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (BSE), mais conhecida como “doença vaca louca”, em um animal de cinco anos da região nordeste de Ardennes. Consta que o país, maior exportador de carnes da Europa, não registrava casos da enfermidade desde 2004.
Para o médico veterinário do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Assis, Claudio “Caio” Reges Depes, que concedeu ontem uma entrevista a rádio Difusora sobre o assunto, esse fato comprova a importância que o aspecto sanitário tem hoje com relação a todos os produtos de origem animal consumidor pelo ser humano. Ele ressalta que o mal da “vaca louca” é uma enfermidade que pode acarretar sérios prejuízos em saúde pública.
Mesmo antes de qualquer confirmação, a simples suspeita de um caso de “vaca louca” na Franca, fez com que cinco países evitassem comprar carne bonina de origem francesa. O veterinário do EDA Assis observa que se os reflexos econômicos de um caso na Franca, maior exportadora de carne bovina para Europa, são desta proporção, maior ainda seria para o Brasil maior exportador de carne bovina para o mundo.
Segundo Caio todos os bovinos importados de países de risco que registraram casos autóctones do mal da vaca louca são cadastrados e os animais monitorados. Quando estes animais não servem mais para reprodução são sacrificados com coleta de material para comprovar que, dentro do Brasil, não entrou nenhum material de risco com essa enfermidade.
Os produtores brasileiros também são fiscalizados e proibidos de alimentar seus ruminantes com alimentos que tenham qualquer fonte de proteína animal, principalmente farinha de carne e de ossos, principalmente cama de frango. “O Brasil exporta carne bovina para mais de 150 países, alguns europeus, por isso é tão rígido no monitoramento sanitário dos animais que entram e saem do país”, conclui.
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